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PM arménio pede intervenção da Rússia e ONU em Nagorno-Karabakh

O primeiro-ministro da Arménia afirmou hoje que o Azerbaijão pretende tomar o controlo de localidades de Nagorno-Karabakh que ainda não domina, numa "operação de limpeza étnica", e apelou à Rússia e ONU para que detenham a ação militar.

PM arménio pede intervenção da Rússia e ONU em Nagorno-Karabakh
Notícias ao Minuto

14:57 - 19/09/23 por Lusa

Mundo Nagorno-Karabakh

"As Forças Armadas do Azerbaijão começaram a bombardear o Nagorno-Karabakh em quase todo o território e mais tarde lançaram uma operação para quebrar a linha de contacto e tomar sob o seu controlo posições e localidades de Karabakh", disse Nikol Pashinyan num discurso à nação.

O chefe do governo arménio convocou hoje uma reunião do Conselho de Segurança, dedicada "às ações militares de grande escala desencadeadas pelo Azerbaijão", segundo o executivo de Erevan.

Na mesma declaração, transmitida pela televisão, Pashinyan apelou à intervenção de Moscovo e das Nações Unidas.

"Em primeiro lugar, a Rússia deve tomar medidas e, em seguida, esperamos que o Conselho de Segurança da ONU também tome medidas", afirmou.

Disse ainda esperar que as forças de manutenção da paz russas destacadas na região contribuam para a "estabilização da situação", no âmbito do mandato que lhes foi atribuído após a guerra arménio-azeri de 2020.

Nessa altura, a Arménia perdeu dois terços do território da região de Karabakh que controlava após a guerra de 1992-1994, incluindo parte da autoproclamada república de Nagorno-Karabakh (Artsakh, como designam os arménios), mas não a capital, Stepanakert.

Segundo o primeiro-ministro, a ofensiva de Baku trata-se de uma "operação terrestre de limpeza étnica" dos cerca de 120 mil arménios do Nagorno-Karabakh.

Na sua opinião, tal é comprovado pelas declarações das autoridades azeris sobre a abertura de "corredores humanitários" para a "retirada da população local".

Pashinyan afirmou que existem atualmente forças "internas e externas" que tentam "arrastar a Arménia para a guerra".

"Mas não vão conseguir", assegurou.

"Por muito difícil que seja a nível emocional", as forças externas não devem ter a oportunidade de "pôr em perigo" a existência do Estado arménio, sustentou Nikol Pashinyan.

Baku anunciou uma operação militar no enclave, após a morte de quatro políticas e dois civis azeris numa explosão de minas, que atribuiu a separatistas arménios.

As forças de manutenção da paz russas estão destacadas em Nagorno-Karabakh no âmbito de um cessar-fogo negociado por Moscovo, um aliado tradicional da Arménia, para pôr fim ao anterior conflito na região em 2020.

A Rússia apelou já à contenção e disse que foi informada do início da operação "alguns minutos" antes, depois de Baku ter anunciado que avisou as forças russas.

Depois de ter lançado a operação militar, o Azerbaijão exigiu a retirada "incondicional e total" da Arménia de Nagorno-Karabakh e a dissolução do "chamado regime separatista" para alcançar a paz na região azeri.

Nagorno-Karabakh, uma região montanhosa do Azerbaijão de maioria arménia, declarou a independência de Baku na sequência da desintegração da União Soviética, em 1991.

A declaração da independência desencadeou um conflito armado de que saíram vencedores os separatistas apoiados pela Arménia.

Trinta anos mais tarde, no outono de 2020, as forças armadas do Azerbaijão reconquistaram dois terços do território, situado no sul do Cáucaso.

Leia Também: Conflito adensa-se em Nagorno-Karabakh. O que se passa na região?

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