Rui Figueiredo Soares considera que o "contexto internacional em que se exerce a diplomacia dos nossos dias é de enorme complexidade e encerra um forte grau de imprevisibilidade".
Os fatores imprevisíveis surgem por causa do "enfraquecimento do multilateralismo" e também devido a "ações unilaterais que tendem a abanar os fundamentos da ordem internacional estabelecidos na Carta das Nações Unidas".
"Tal quadro impõe desafios gigantescos para a ação diplomática de Cabo Verde", referiu o governante, na mensagem dirigida a diplomatas e agentes da diplomacia cabo-verdiana.
A este propósito, o governante destaca a importância do Instituto Diplomático de Cabo Verde, IDCV, lançado em agosto e que, segundo o chefe da diplomacia, irá dar "uma contribuição fundamental, quer para a formação inicial de diplomatas, quer para a sua formação contínua".
Ainda no âmbito do Dia da Diplomacia Cabo-verdiana, Rui Figueiredo Soares anunciou duas iniciativas a realizar na segunda semana de outubro: uma palestra subordinada ao tema "Os jovens diplomatas e os desafios da diplomacia" e uma conversa aberta sobre "Desafios da diplomacia climática".
"Para esses dois momentos, convidei importantes personalidades do mundo diplomático para partilharem a sua valiosa experiência com os diplomatas cabo-verdiano", acrescentou, sem, para já, adiantar os nomes.
O Dia da Diplomacia Cabo-verdiana foi instituído pela resolução 80/2022, de 10 de agosto, assinalando a admissão do país como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas (ONU), a 16 de setembro de 1975.
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