Em comunicado, o alto-representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, recordou que precisamente há um ano Mahsa Amini, de 22 anos, morreu enquanto estava sob custódia da chamada "polícia da moralidade".
"A UE e os seus estados-membros mantêm-se unidos e urgem o Irão a respeitar a Convenção International de Direitos Civis e Políticos", acrescentou Borrell.
Os 27 continuam "chocados com as duras sentenças" aplicadas pelas instâncias iranianas, "incluindo a pena capital" e instou Teerão a acabar com elas, assim como as "detenções arbitrárias".
O chefe da diplomacia europeia insistiu que o Irão tem de respeitar os tratados internacionais e aplicá-los, e também todas as convenções que impedem a discriminação e os abusos sobre raparigas e mulheres.
Um ano após a morte de Mahsa Amini, Josep Borrell diz que os direitos fundamentais continuam em declínio e a velocidade a que estão a ser reprimidos os cidadãos está a aumentar.
Amini foi detida pela polícia da moralidade a 13 de setembro de 2022 por alegado uso indevido do 'hijab', o véu islâmico, tendo surgido morta três dias depois, ainda sob custódia das forças policiais, o que deu início a um conjunto inédito de contestação ao regime teocrático iraniano, que reprimiu violentamente as manifestações e protestos que ainda se mantêm.
Também em comunicado, a presidente do Parlamento Europeu (PE), Roberta Metsola, referiu que um ano após o homicídio de Mahsa Amini continua a luta "corajosa e desafiadora das mulheres e homens" que lutam contra a repressão do regime iraniano.
Metsola também pediu a libertação imediata de Johan Floderus, um funcionário da UE, e do investigador Ahmad Reza Djalali.
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