Esta aliança foi feita apesar de o chefe da CDU, Friedrich Merz, ter garantido que não faria pactos com os extremistas.
"Este é um pacto com o Diabo", afirmou, depois da votação, o primeiro-ministro da Turíngia, Bodo Ramelow, de partido A Esquerda.
Ramelow governa em minoria, coligado com os social-democratas (SPD) e os Verdes.
A sua reeleição foi acidentada, uma vez que no início o liberal Thomas Kemmerich, do FDP, tinha sido eleito com os votos da CDU e do AfD, o que causou um escândalo que levou à sua demissão poucos dias depois sem ter conseguido formar governo.
De imediato, Ramelow foi eleito com os votos de A Esquerda, Verdes e PSD, com a CDU a abster-se.
As eleições estaduais vão realizar-se no outono de 2024. O AfD lidera as sondagens, com 32% das intenções de voto, seguido pela CDU (20,4%), SPD (10%), Verdes (5,0%) e pelo FDP que, ao contar apenas com intenções de 4,0%, arrisca ficar fora do parlamento deste Estado.
O AfD é liderado por Björn Höcke, considerado o principal representante da ala mais extremista do partido, contra quem existe um processo por ter usado símbolos nazis.
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