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Kyiv acusa Moscovo pela morte de dois trabalhadores humanitários

Kyiv acusou hoje as forças russas pela morte de dois trabalhadores humanitários, uma espanhola e um canadiano, ao referir-se a uma "perda dolorosa e irreparável".

Kyiv acusa Moscovo pela morte de dois trabalhadores humanitários
Notícias ao Minuto

19:53 - 10/09/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

Segundo o ministério da Defesa ucraniano, o Exército russo foi o responsável pela morte da espanhola Emma Igual, 32 anos, diretora e cofundadora da Organização não-governamental (ONG) Road to Relief, e do voluntário canadiano Anthony "Tonko" Ihnat, também integrado nesta estrutura.

"Um projétil atingiu o veículo onde se deslocava esta cidadã espanhola", tinha previamente declarado o ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel Albares, à margem da cimeira do G20 na Índia.

Dois alemães da mesma ONG ficaram feridos no ataque, acrescentou o ministério ucraniano no comunicado.

Previamente, a Road to Relief tinha precisado que dois outros trabalhadores humanitários estavam presentes no veículo, de nacionalidade alemã e sueca, e foram hospitalizados com ferimentos graves.

Segundo a ONG, o incidente ocorreu na manhã de sábado em Tchassiv Yar, perto de Bakhmut.

"Todo o meu amor e apoio nestes momentos difíceis à família e aos próximos da humanitária espanhola Emma Igual (...). A Espanha está ao lado dos seus trabalhadores humanitários que, pela sua dedicação, colocam a sua vida em perigo pelos outros", reagiu no X (antigo Twitter) Pedro Sánchez, chefe do Governo espanhol.

As autoridades canadianas não reagiram no imediato, à semelhança de Moscovo.

A Comissão Europeia também manifestou a sua "tristeza" pela morte da cooperante e do voluntário canadiano. "Entrestecido pela morte dos cooperantes da ONG 'Road to Relief' num ataque com mísseis na Ucrânia. Os meus pensamentos estão com as suas famílias e os seus colegas feridos", escreveu na sua página no X o comissário europeu de Gestão de crises, Janez Lenarcic.

A região de Donetsk tem registado os combates mais violentos desde a invasão russa desencadeada em fevereiro de 2022 e Moscovo reivindicou em setembro de 2022 a anexação do território, onde prosseguem os combates na sequência da contraofensiva ucraniana desencadeada no início de junho.

Em fevereiro um socorrista norte-americano, Pete Reed, 33 anos, foi morto por um míssil perto de Bakhmut e em maio o jornalista da agência noticiosa AFP Arman Soldin também sucumbiu a uma explosão em Tchassiv Yar.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kyiv e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

Leia Também: Partido de Putin vence eleições nas regiões anexadas do leste ucraniano

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