Os pouco mais de 3 mil residentes da cidade italiana de Sarsina, na região de Emília-Romagna, foram surpreendidos, este verão, com uma descoberta que colocou a pequena localidade no mapa.
As ruinas de um templo romano foram desenterradas, inadvertidamente, no local onde estava a ser construído um novo supermercado, conta a CNN.
Os restos deste templo datam do século I A.C. e "são de uma grande estrutura quadrangular que poderá estar ligada a um edifício de culto da época romana", disse, por sua vez, o ministério da Cultura italiano no Facebook, a 23 de agosto.
"O carácter excecional desta descoberta reside também no seu estado de conservação: uma única estrutura imponente em fiadas horizontais de blocos de arenito, identificada como o pódio sobre o qual devem ter sido erguidas as paredes do antigo edifício de culto, segundo a tipologia do templo itálico. bem atestado na península, preservado até uma altura máxima de 2,85 metros", lê-se na mesma publicação.
A tutela anunciou ainda que este templo será apresentado como parte das Jornadas Europeias do Património, marcadas para 23 e 24 de setembro de 2023.
"Dos dados recolhidos após as escavações conclui-se que se trata quase certamente de um capitólio", o nome dado aos templos dedicados à tríade capitolina de deuses: Júpiter, Juno e Minerva. Desse capitólio restam, no entanto, apenas "o pódio coberto por lajes de mármore" e "um sistema de drenagem de águas", bem como sinais de "visitas posteriores e reutilizações atestadas por sepulturas e lareiras".
Mais curiosa ainda foi, no entanto, a descoberta de elementos que são de uma "provável fase anterior que deve ser atribuída ao povoamento de Úmbria, atestado a partir do século IV A.C.", sensivelmente 300 anos mais velhos que as restantes estruturas.
Sarsina, localizada a cerca de 300 quilómetros de Roma, é uma cidade plena de história, conhecida principalmente por ser o berço do dramaturgo romano Plauto.
Leia Também: Adolescente apanhado a gravar nome em templo com 1.200 anos no Japão