Um adolescente canadiano foi apanhado a vandalizar um templo antigo no Japão, na região de Nara, no início deste mês, depois de gravar a primeira letra do seu nome com a unha no pilar de uma estrutura com mais de 1.200 anos.
O santuário em causa é o templo budista Tōshōdai-ji, que data do século VIII é considerado como Património Material da Humanidade da UNESCO.
Segundo contou a agência de notícias japonesa Kyodo, o jovem de 17 anos foi questionado pelas autoridades locais, após ser visto por um turista, que denunciou a situação ao staff. O rapaz, identificado apenas como Julian, terá escrito a letra 'J' e depois o nome completo num pilar do Salão Dourado, o principal edifício do templo e considerado como um tesouro nacional.
A inscrição deixada pelo turista tinha um tamanho de cerca de 10 centímetros.
O jovem foi considerado suspeito de vandalizar propriedades culturais, sob o abrigo das leis de proteção cultural do Japão. À agência Kyodo, um monge do tempo mostrou-se "preocupado que a mesma coisa volte a acontecer".
"Mesmo que tenha sido feito sem malícia, é lamentável e triste", afirmou.
O incidente surge cerca de um mês depois de um polémico ato de vandalismo em Roma, quando um casal britânico foi captado a gravar os seus nomes com uma chave nas paredes do Coliseu, um edifício com 2.000 anos de história e um dos marcos históricos mais conhecidos da Europa Ocidental.
O caso foi amplamente condenado nas redes sociais e pelas autoridades italianas, e um dos turistas em causa, que foi entretanto identificado, enfrenta agora uma multa de cerca de 14 mil euros, mesmo depois de ter pedido desculpas e ter admitido a sua ignorância sobre a importância do monumento.
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