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Síria. Pelo menos 9 militares mortos em ataque de grupo ligado à Al-Qaeda

Pelo menos nove militares do Exército da Síria morreram hoje e vários ficaram feridos, num ataque executado por militantes ligados à Al-Qaeda no noroeste do país, revelou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Síria. Pelo menos 9 militares mortos em ataque de grupo ligado à Al-Qaeda
Notícias ao Minuto

00:05 - 02/09/23 por Lusa

Mundo Al-Qaeda

Este observatório da oposição com sede no Reino Unido, mas que dispõe de uma vasta rede de fontes no país em guerra, sublinhou que nove soldados morreram, bem como um dos atacantes, que pertencem ao Hayat Tahrir al-Sham (HTS), ligado à Al-Qaeda, o grupo insurgente mais forte no noroeste da Síria.

A mesma fonte acrescentou que 12 soldados e um membro do HTS ficaram feridos no ataque.

Taher al-Omar, um ativista da oposição que acompanha de perto o HTS, realçou que o ataque na província de Latakia, no noroeste, causou a morte a 18 soldados.

O ataque ocorreu menos de uma semana depois de insurgentes no noroeste da Síria atacarem uma posição do Exército, matando e ferindo mais de 30 soldados.

A trégua alcançada entre a Rússia e a Turquia em março de 2020, que pôs fim a uma ofensiva governamental apoiada pela Rússia na província de Idlib, tem sido repetidamente violada, resultando em dezenas de mortos e feridos.

Noutra parte do norte da Síria, homens armados da oposição apoiados pela Turquia capturaram a aldeia de Mahsanli, que é controlada por combatentes curdos.

As forças curdas recuperaram o controle da aldeia numa contraofensiva horas depois, destacou o OSDH.

O Conselho Militar de Manbij, liderado pelos curdos, parte das Forças Democráticas Sírias (SDF, na sigla em inglês), garantiu que a situação em Mahsanli estava novamente sob controlo depois de vários homens armados apoiados pela Turquia terem sido mortos.

As SDF, uma coligação de combatentes apoiada por Washington e dominada pelos curdos, lideraram a ofensiva que derrotou o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, em 2019, e controlam uma área curda semiautónoma no nordeste do país.

No leste da Síria, os combates intensificaram-se em algumas áreas entre as SDF e os membros das tribos locais.

Os confrontos eclodiram na segunda-feira, um dia depois de um comandante local ter sido detido e posteriormente demitido pelas SDF por alegada corrupção.

O porta-voz das SDF, Farhad Shami, adiantou à agência Associated Press (AP) que dois dias depois de as forças apoiadas pelos EUA terem iniciado a sua operação, combatentes leais ao governo cruzaram para a margem leste do rio Eufrates e "começaram a causar problemas".

Shami acrescentou que os combatentes das SDF estão agora a perseguir "elementos do regime" em três aldeias a leste do rio Eufrates, negando que as batalhas sejam com tribos locais.

Já Elham Ahmad, líder do Conselho Democrático Sírio, o braço político das SDF, escreveu na rede social X (antigo Twitter), que os últimos confrontos no leste da Síria não são "ocorrências isoladas", realçando que os distúrbios são provocados pelas milícias apoiadas pelo Irão e pelo governo sírio, que pretendem criar agitação e instabilidade em toda a região.

A guerra na Síria, desencadeada em março de 2011 pela violenta repressão do regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, de manifestações pacíficas, já provocou mais de meio milhão de mortos e obrigou à deslocação de vários milhões de pessoas.

O conflito ganhou ao longo dos anos uma enorme complexidade, com o envolvimento de países estrangeiros e de grupos 'jihadistas', e várias frentes de combate.

Leia Também: Grupo afiliado na Al-Qaeda reivindica ataque ao aeroporto de Timbuktu

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