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Grupo afiliado na Al-Qaeda reivindica ataque ao aeroporto de Timbuktu
Um grupo terrorista afiliado na Al-Qaeda reivindicou hoje o ataque com artilharia ao aeroporto de Timbuktu, no norte do Mali, e adjacente a uma base das Nações Unidas, não se conhecendo ainda os danos materiais nem eventuais vítimas.
© ERIC FEFERBERG/AFP via Getty Images
Mundo Mali
Pelo menos quatro projéteis caíram sobre a zona aeroportuária da cidade, junto à qual está situada a missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), que se está a retirar do país a pedido da junta militar que está no poder, segundo fontes locais citadas pela agência Efe.
A missão da ONU já se retirou de quatro bases nas zonas mais remotas do Mali, seguindo um calendário que prevê que até 30 de setembro apenas fiquem em funcionamento quatro bases, entre as quais a de Timbuktu, que fechará até final do ano.
Não são conhecidas ainda as eventuais vítimas mortais ou os danos materiais, mas o acesso ao aeroporto foi cortado e as Forças Armadas deverão emitir um comunicado nas próximas horas.
O Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (Jnim, no acrónimo em árabe), afiliado da Al-Qaeda na região, assumiu a responsabilidade pelo ataque, argumentando que o aeroporto "se tornou num refúgio para o bando de mercenários Wagner", numa referência ao grupo russo que opera no Mali a pedido da junta militar que governa o Mali.
O norte e o leste do Mali, uma área conhecida como Azawad e que ocupa dois terços deste país do Sahel, são governados de facto por grupos separatistas (muitos deles tuaregues) sob crescente pressão extremista islâmica.
A zona assistiu nas últimas semanas a um recrudescimento da tensão entre as Forças Armadas do Mali (Fama) e os rebeldes, na sequência do início da retirada da Minusma, pedida pela junta militar, apesar de ser o único mecanismo de controlo do cessar-fogo.
Leia Também: Exército do Mali volta a atacar grupos "terroristas" no norte do país
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