Exército do Mali volta a atacar grupos "terroristas" no norte do país

O exército maliano bombardeou hoje colunas de "grupos terroristas armados" numa floresta situada no distrito de Anefis, na região de Kidal, no norte do país, anunciaram as Forças Armadas do Mali (Fama).

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Lusa
29/08/2023 19:16 ‧ 29/08/2023 por Lusa

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Anefis

Segundo um comunicado, a operação foi levada a cabo pela aviação militar com base em "informações precisas" de que o grupo armado se preparava para atacar "a população civil e postos do exército".

Trata-se do segundo ataque deste tipo em Anefis nas últimas 24 horas, após o bombardeamento de posições de grupos armados suspeitos na segunda-feira, que resultou na morte de vários dos seus membros, de acordo com um segundo comunicado das Fama.

No entanto, a Coordenação dos Movimentos do Azawad (CMA), a principal coligação pró-independência do norte do Mali que controla Anefis, negou que os aviões malianos tenham bombardeado terroristas, mas sim posições deste grupo secessionista.

Em comunicado, a CMA acusou ainda a junta militar que governa o país de violar o acordo de paz assinado em 2015 e afirmou que, com estes comportamentos, as Fama estão a "optar definitiva e deliberadamente por uma escalada para as hostilidades com consequências desastrosas".

A CMA é uma aliança de grupos de independência e autonomia predominantemente tuaregues que se rebelaram contra o Estado maliano no norte do país em 2012, juntamente com islamistas radicais.

O exército maliano afirmou no seu comunicado de hoje ter também matado em Niafunqué, na região norte de Timbuktu, uma pessoa chamada Abou Diallo, que descreveu como um "terrorista influente".

O norte do Mali, ou Azawad, assistiu nas últimas semanas a um recrudescimento da tensão entre as Fama e os rebeldes, na sequência do início da retirada da missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), pedida pela junta militar, apesar de ser o único mecanismo de controlo do cessar-fogo.

A Minusma já encerrou quatro bases nas zonas mais remotas do país, de acordo com um calendário que prevê que, até 30 de setembro, apenas três permaneçam abertas - Bamaco, Timbuktu e Gao - que têm de ser encerradas até 31 de dezembro, segundo o acordo entre a ONU e o governo maliano.

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