Segundo um comunicado, a operação foi levada a cabo pela aviação militar com base em "informações precisas" de que o grupo armado se preparava para atacar "a população civil e postos do exército".
Trata-se do segundo ataque deste tipo em Anefis nas últimas 24 horas, após o bombardeamento de posições de grupos armados suspeitos na segunda-feira, que resultou na morte de vários dos seus membros, de acordo com um segundo comunicado das Fama.
No entanto, a Coordenação dos Movimentos do Azawad (CMA), a principal coligação pró-independência do norte do Mali que controla Anefis, negou que os aviões malianos tenham bombardeado terroristas, mas sim posições deste grupo secessionista.
Em comunicado, a CMA acusou ainda a junta militar que governa o país de violar o acordo de paz assinado em 2015 e afirmou que, com estes comportamentos, as Fama estão a "optar definitiva e deliberadamente por uma escalada para as hostilidades com consequências desastrosas".
A CMA é uma aliança de grupos de independência e autonomia predominantemente tuaregues que se rebelaram contra o Estado maliano no norte do país em 2012, juntamente com islamistas radicais.
O exército maliano afirmou no seu comunicado de hoje ter também matado em Niafunqué, na região norte de Timbuktu, uma pessoa chamada Abou Diallo, que descreveu como um "terrorista influente".
O norte do Mali, ou Azawad, assistiu nas últimas semanas a um recrudescimento da tensão entre as Fama e os rebeldes, na sequência do início da retirada da missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), pedida pela junta militar, apesar de ser o único mecanismo de controlo do cessar-fogo.
A Minusma já encerrou quatro bases nas zonas mais remotas do país, de acordo com um calendário que prevê que, até 30 de setembro, apenas três permaneçam abertas - Bamaco, Timbuktu e Gao - que têm de ser encerradas até 31 de dezembro, segundo o acordo entre a ONU e o governo maliano.
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