"Um verdadeiro inferno". Jovem de 17 anos foge a uma rede de prostituição

Anissa vive em França, mas devido à dependência das drogas, viu-se arrastada para uma rede de prostituição na Bélgica. Depois de três semanas em cativeiro, conseguiu fugir, arranjar boleia até Paris e pedir ajuda num café.

exploração sexual

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Notícias ao Minuto
23/08/2023 14:51 ‧ 23/08/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Bruxelas

Anissa, uma jovem de 17 anos que vive na região de Aveyron, em França, foi apanhada numa rede de prostituição, em Bruxelas, e passou três semanas em cativeiro.

Tudo começou no dia 25 de junho, quando Jocelyne deixou a filha com um grupo de amigos em Rodez (Aveyron). A mãe deveria ir buscar Anissa à noite, mas recebeu uma mensagem da filha a dizer que ficaria por lá e que voltaria para casa no dia seguinte. Contudo, a rapariga não apareceu.

Nos meses anteriores, a adolescente tinha começado a consumir cocaína, depois de conhecer um outro jovem nas redes sociais.

Ao longo de conversas e reuniões, Anissa recebeu drogas do seu novo amigo. Com o passar do tempo e o crescer da dependência, os traficantes obrigaram-na a juntar-se a uma rede de prostituição, de modo a pagar as doses que consumia. 

No tempo em que esteve desparecida, o grupo terá partido o telefone da jovem enquanto a manteve fechada num apartamento em Bruxelas. Jocelyne só viria a reencontrar a filha a 18 de julho, após 23 dias de angústia e de intensas buscas em Aveyron, onde reside a família.

"Ela caiu nos meus braços, a chorar, e eu abracei-a com muita força, com as poucas forças que me restavam depois de tanto tempo à procura dela", contou ao La Dépêche du midi. 

Nesse dia, Anissa tinha fugido sob o pretexto de receber uma nova dose de drogas que lhe foi enviada. A jovem conseguiu chegar a Paris de boleia e refugiou-se num café, onde pediu ajuda, e conseguiu telefonar à família. 

"Vivi um verdadeiro inferno", conta Anissa, que está agora em reabilitação.

Jocelyne, que adianta que a filha viu outras raparigas a serem espancadas durante o cativeiro, lamenta que as autoridades não tenham feito mais para a encontrar.

"Estava convencida de que ela estava em perigo e sob a influência de pessoas mal-intencionadas, mas ninguém me queria ouvir, nem os serviços de investigação, nem o sistema de justiça", apontou.

Segundo o presidente da associação de Toulouse Our Forgotten Teens, que luta contra a prostituição de menores, já ocorreram em França pelo menos 15 casos semelhantes.

Leia Também: Libertadas 41 mulheres exploradas sexualmente em Espanha e Itália

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