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Tribunal de Haia ouvirá Rússia em setembro sobre caso iniciado por Kyiv

O Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) ouvirá em setembro as objeções da Rússia no processo iniciado pela Ucrânia logo após o início da invasão do seu país pelas forças de Moscovo, em 24 de fevereiro de 2022.

Tribunal de Haia ouvirá Rússia em setembro sobre caso iniciado por Kyiv
Notícias ao Minuto

22:00 - 22/08/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

A Ucrânia, que recorreu ao mais alto tribunal da ONU pouco depois do início da ofensiva das forças russas, acusa a Rússia de ter utilizado indevidamente alegações de genocídio no leste da Ucrânia para justificar a sua invasão, e de ter sido o próprio país vizinho a planear um genocídio.

Em março de 2022, os juízes do TIJ ordenaram urgentemente a Rússia a suspender as suas operações militares em curso na Ucrânia.

Num comunicado divulgado hoje, o tribunal com sede em Haia referiu que "realizará audiências públicas sobre as objeções preliminares levantadas pela Federação Russa".

A Rússia apresentará as suas objeções dia 18 de setembro, e a Ucrânia desenvolverá os seus argumentos no dia seguinte.

Dois dias depois, 32 países, todos aliados ocidentais da Ucrânia, poderão intervir.

Em junho, o TIJ autorizou os 32 países a intervirem ao lado da Ucrânia neste caso.

No entanto, o tribunal rejeitou o pedido dos Estados Unidos.

As intervenções dos aliados centram-se principalmente na jurisdição do TIJ sobre o caso, uma decisão judicial pode levar meses ou até anos.

Uma segunda apresentação de argumentos ocorrerá nos dias 25 e 27 de setembro.

Kiev acusou a Rússia de fazer referência à convenção da ONU sobre genocídio quando afirmou, no início da guerra, que invadiu a Ucrânia para acabar com o que disse ser genocídio nas regiões pró-russas do leste da Ucrânia.

Moscovo já evitou as audiências, afirmando numa declaração escrita que o TIJ não tem jurisdição no caso porque o pedido de Kiev está fora do âmbito da Convenção sobre Genocídio de 1948.

A ordem do TIJ a instar a Rússia a suspender a sua ofensiva foi apenas uma decisão preliminar, enquanto se aguarda uma decisão sobre se é da sua jurisdição.

O TIJ foi criado após a Segunda Guerra Mundial para resolver disputas entre os Estados-membros da ONU.

As suas decisões são vinculativas, mas não dispõe de meios para as fazer cumprir.

Leia Também: Mais de 200 centros de recrutamento militar na Ucrânia alvo de buscas

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