O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump concordou em pagar uma fiança no valor de 200 mil dólares (cerca de 184 mil euros) no caso da acusação de interferência eleitoral no estado da Geórgia.
A informação é avançada pela CNN Internacional, que teve acesso aos documentos do tribunal. Trump e os restantes 18 arguidos no caso deverão entregar-se na prisão do condado de Fulton até às 12 horas (17 horas em Lisboa) de sexta-feira, 25 de julho.
No acordo em questão, apresentado pela procuradora distrital do condado de Fulton, Fani Willis, e pelos advogados de defesa de Trump, está ainda referido que o ex-presidente está proibido de intimidar outros réus, testemunhas ou vítimas que estejam envolvidas no caso.
Estas eventuais ameaças estão proibidas, quer diretamente, ou de forma mais indireta, como, por exemplo, com recurso às redes sociais. No documento está explícito que a situação inclui "publicações nas redes sociais ou republicações de publicações feitas por um outro indivíduo nas redes sociais".
O magnata republicano também está também proibido de comunicar de qualquer forma sobre o caso com qualquer co-réu ou testemunha, exceto através de advogados.
A procuradora distrital propôs que a leitura das acusações aos arguidos decorra na semana de 5 de setembro e que o caso vá a julgamento em março.
O(s) caso(s)
Trump é acusado de tentar provocar uma fraude nos resultados das eleições presidenciais de 2020 no estado da Geórgia, na sequência de investigações, lideradas pela procuradora Fani Willis, que decorreram durante mais de dois anos.
O ex-presidente enfrenta 13 acusações, entre as quais a violação de uma lei de anticorrupção, que, a ser confirmada, implica uma pena de prisão.
Entre os acusados estão também o seu antigo advogado pessoal, Rudy Giuliani, bem como o seu ex-chefe de gabinete, Mark Meadows.
Trump já tinha recebido quatro acusações por tentar reverter o resultado das eleições presidenciais de 2020, sendo que, neste processo, o procurador especial Jack Smith propôs o início do julgamento para janeiro de 2024, poucos dias antes do início das primárias republicanas.
Em Nova Iorque, Donald Trump soma 34 acusações de falsificar documentos comerciais num caso que envolveu a atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem o ex-presidente teve um caso em 2006, sendo que é esperado em tribunal em 25 de março.
Já na Florida, o republicano contabiliza 40 acusações por roubo e retenção de documentos confidenciais e deve comparecer em tribunal em 20 de maio, a alguns meses das presidenciais de 2024.
O antigo chefe de Estado tem denunciado uma "caça às bruxas" para o impedir de realizar a sua campanha presidencial e tem defendido que estes processos devem ser realizados após as eleições.
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