"Até ao momento, três pessoas foram declaradas mortas", sublinhou o governante através da rede social Telegram, sem especificar onde ocorreu o ataque.
Zelensky acrescentou que "as operações de resgate estão em andamento".
O chefe de Estado ucraniano divulgou também um vídeo que mostra uma igreja danificada, com chamas e fumo no seu pátio, além de um outro prédio em chamas.
De acordo com o governador regional, Yuri Malachko, foram atingidas "uma igreja e lojas" no distrito de Shevchenkisky, no nordeste de Zaporijia.
"Os médicos estão a cuidar dos feridos", acrescentou, detalhando ainda que as janelas dos prédios nas proximidades foram estilhaçadas pela explosão.
Já o chefe do conselho da cidade de Zaporijia, Anatoli Kourtiev, realçou que "o inimigo atacou uma área residencial".
Esta cidade, localizada a poucas dezenas de quilómetros da frente sul, onde a Ucrânia realiza a sua contraofensiva, é regularmente alvo de bombardeamentos russos.
Na quarta-feira, as Nações Unidas manifestaram-se "profundamente perturbadas" com os últimos ataques russos que atingiram edifícios residenciais e outros locais civis na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, que mataram sete pessoas, cinco delas civis, e feriram outras 81.
Num comunicado, a que a agência Lusa teve acesso, a coordenadora humanitária para a Ucrânia do Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), Denise Brown, considerou "absolutamente impiedoso" atingir o mesmo local em duas ocasiões no espaço de minutos.
Segundo a agência noticiosa Ukrinform, das sete vítimas mortais, cinco são civis, uma é um elemento de uma equipa de salvamento e outra é um soldado.
O subcomandante das forças ucranianas no sul do país, Serguí Kuzmin, divulgou hoje que as suas tropas avançaram várias centenas de metros perto da estratégica aldeia de Robotyne, no coração da região de Zaporijia.
Kuzmin sublinhou que estas operações têm como alvo a cidade de Melitopol, cuja captura abriria caminho para os ucranianos atingirem o mar de Azov.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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