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Ex-vereador e testemunha no caso Marielle Franco morto a tiro no Rio

O ex-vereador e polícia militar brasileiro Zico Bacana, uma das testemunhas da investigação sobre o assassínio da vereadora e ativista Marielle Franco foi morto a tiro na segunda-feira, no Rio de Janeiro, indicou a Polícia Militar.

Ex-vereador e testemunha no caso Marielle Franco morto a tiro no Rio
Notícias ao Minuto

06:29 - 08/08/23 por Lusa

Mundo Marielle Franco

De acordo com informações da Polícia Militar, Zico Bacana encontrava-se numa loja quando os atiradores chegaram num veiculo, até agora não identificado, que balearam três pessoas, entre elas o ex-vereador do Rio de Janeiro, de 53 anos.

O irmão, que se encontrava na mesma loja, também não resistiu aos ferimentos e morreu.

Zico Bacana foi socorrido e levado para o hospital, mas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, citado pela imprensa local, chegou já sem vida à unidade de saúde.

"A perícia foi feita no local e diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime", indicou a Polícia Civil, segundo a CNN Brasil.

Zico Bacana já tinha sofrido uma tentativa de assassínio em novembro de 2020.

O ex-vereador chegou a ser investigado numa Comissão Parlamentar de Inquérito sobre Milícias, mas este negou categoricamente estar envolvido na rede criminosa.

Negra, 'favelada', lésbica, defensora dos direitos humanos e, na época, vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco foi morta a tiro, bem como o seu motorista, Anderson Torres, na noite de 14 de março de 2018, quando saíam de um comício político. 

Desde então, as investigações avançaram lentamente e, passados mais de cinco anos sobre a sua morte, ainda não se sabe quem ordenou o homicídio.

Ainda assim, em julho, a Polícia Federal brasileira deteve no Rio de Janeiro um ex-bombeiro suspeito de ter participado no homicídio da ex-vereadora e ativista Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

O detido é Maxwell Simões Correa, apontado como cúmplice do duplo homicídio e que já tinha sido condenado em 2021 a quatro anos de prisão por obstrução à Justiça neste caso, embora cumprisse a pena em regime aberto, segundo fontes do Ministério Público.

As investigações apontaram que o ex-bombeiro era o proprietário do veículo que servia para guardar as armas do ex-agente policial Ronnie Lessa, acusado de ser um dos autores do crime que chocou o Brasil e teve ampla repercussão internacional.

A prisão ocorreu no âmbito de uma operação lançada pela Polícia Federal, que incluiu buscas em sete endereços na cidade do Rio de Janeiro e região metropolitana.

Com a chegada ao poder do Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em 01 de janeiro, o ministro da Justiça, Flávio Dino, criou um grupo especial dentro da Polícia Federal para apoiar as investigações da polícia do Rio de Janeiro com o objetivo de solucionar definitivamente o crime.

Os dois supostos autores materiais, os ex-agentes Elcio Queiroz e Ronnie Lessa, foram detidos em 2019, mas ainda não se sabe quem foi o mandante. O Ministério Público suspeita que tenha sido um crime encomendado.

Leia Também: Amnistia Internacional exige que Brasil resolva caso de Marielle Franco

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