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Jornalistas ucranianos pedem identificação de "propagandistas" russos

Mais de 70 jornalistas e meios de comunicação ucranianos assinaram uma declaração a pedir à UNESCO e à Federação Internacional de Jornalistas que identifiquem os "propagandistas" russos para que estes não sejam confundidos com jornalistas, foi hoje divulgado.

Jornalistas ucranianos pedem identificação de "propagandistas" russos
Notícias ao Minuto

14:36 - 25/07/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

De acordo com a agência de notícias EFE, os signatários da declaração manifestaram-se no sentido de as organizações internacionais "não confundirem jornalistas com propagandistas", nomeadamente em relação ao pedido de investigação que as referidas organizações internacionais fizeram sobre a morte de Rostislav Zhuravlev, funcionário da agência de notícias estatal russa (RIA Novosti), em 22 de julho em Zaporijia, no sul da Ucrânia.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) declararam que Zhuravlev foi "o 14.º jornalista morto desde o início da guerra na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022" e pediram uma investigação imediata sobre a sua morte.

A RIA Novosti relatou a morte do funcionário durante um ataque perto da cidade de Pyatykhatky, próximo à linha da frente na região de Zaporijia, em 22 de julho.

Os mais de 70 jornalistas e meios de comunicação ucranianos signatários da declaração, com ligações à associação Mediarukh, afirmaram que tanto Zhuravlev como outros "propagandistas" são "participantes ativos na agressão russa contra a Ucrânia".

"Os propagandistas são antagonistas diretos dos jornalistas", defendem os signatários, afirmando que as ações destes elementos levam à destruição da liberdade de expressão e à perseguição de profissionais dos meios de comunicação que cumprem os padrões reconhecidos do setor.

Segundo os jornalistas e os 'media' ucranianos, Zhuravlev participou pessoalmente na agressão contra a Ucrânia e, especificamente, na captura de prédios administrativos em 2014.

"Prova disso são as inúmeras fotos de Zhuravlev com armas, símbolos nazis e as suas mensagens nas redes sociais, que indicam que participou ativamente na ocupação russa da Ucrânia", acrescentaram os signatários.

Na declaração, os jornalistas e meios de comunicação ucranianos também lembram que a RIA Novosti é totalmente controlada e financiada pelo Governo russo e pertence ao grupo "Russia Today", empresa alvo de sanções internacionais e que produz proativamente, segundo denunciam, notícias falsas e desinformação sobre eventos na Ucrânia.

"Durante anos a propaganda do Kremlin (Presidência russa), especialidade da agência RIA Novosti, preparou o terreno para a invasão russa e teceu narrativas sobre a suposta tomada do poder pelos nazis na Ucrânia e o alegado florescimento do nazismo em todo o país", acrescentaram.

Os elementos da associação Mediarukh pedem às organizações internacionais que "condenem abertamente" a propaganda estatal russa e a reconheçam "como uma ameaça à paz e um ato de agressão".

"Os 'media' russos e os seus funcionários que ativamente produzem propaganda e participam na agressão militar russa contra a Ucrânia devem ser punidos com justiça pelas suas ações que levaram à instigação da guerra e à destruição em massa de cidadãos ucranianos", acrescentaram os signatários.

Entre os signatários da declaração estão jornalistas e outros funcionários da Interfax-Ucrânia, NV, Hromadske Radio, Detector Media, Institute of Mass Information e Internews Ukraine.

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