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Espanha. Partido Nacionalista Basco (PNV) recusa negociar com Feijóo

O Partido Nacionalista Basco (PNV, na sigla em espanhol) recusou hoje iniciar negociações com os conservadores do Partido Popular (PP) para a viabilização de um governo de direita em Espanha.

Espanha. Partido Nacionalista Basco (PNV) recusa negociar com Feijóo
Notícias ao Minuto

22:12 - 24/07/23 por Lusa

Mundo Eleições

Foi o próprio PNV que, num comunicado, revelou que a direção do partido informou hoje o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, da "negativa" em "iniciar conversações".

O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, disse hoje que iniciou contactos para tentar formar um governo na sequência das eleições de domingo e que um dos partidos contactados foi o PNV.

O PP ganhou as eleições legislativas de domingo sem conseguir uma maioria absoluta sozinho ou com o partido de extrema-direita VOX, com quem governa coligado em três regiões autónomas de Espanha, com o resultado do escrutínio a deixar em aberto a possibilidade de uma 'geringonça' liderada pelos socialistas (PSOE), com o apoio parlamentar de nacionalistas e independentistas.

Feijóo disse hoje que "como líder do partido mais votado" iniciou já contactos com várias forças políticas com o objetivo de formar em breve "um governo estável em Espanha" e garantiu o apoio de um deles, a União do Povo Navarro (UPN), que elegeu um deputado no domingo.

O PP elegeu 136 deputados e são necessários 176 para uma maioria absoluta no parlamento.

Feijóo disse ter também contactado a Coligação Canária (1 deputado) e ter ficado "aberto o caminho" para o apoio a um governo do PP. Além disso, após um primeiro contacto, disse que contava continuar conversações nos próximos dias com o PNV (5 deputados) e com o VOX (33 deputados).

Os deputados eleitos pelo PP e os dos partidos contactados por Feijóo somavam, precisamente, 176 lugares no parlamento espanhol, o número mínimo da maioria absoluta.

O PNV viabilizou na última legislatura o atual Governo de esquerda e extrema-esquerda liderado pelo socialista Pedro Sánchez e afirmou, durante a campanha eleitoral das legislativas de domingo, que o PP ultrapassou uma linha inaceitável ao fazer acordos com o VOX em várias regiões autónomas e municípios.

Alberto Núñez Feijóo avançou hoje que também contactou o PSOE e que combinou voltar a falar com o líder dos socialistas e primeiro-ministro, Pedro Sánchez, depois do escrutínio final e formal do resultado das eleições, previsto para a próxima sexta-feira.

Feijóo defende que deve governar o partido mais votado, para se evitarem alianças com extremistas, e que a força que fica em segundo lugar nas eleições (neste caso, o PSOE) deve abster-se, para viabilizar os executivos minoritários.

O líder do PP sublinhou hoje que em Espanha sempre governou o partido mais votado e criticou a possibilidade de haver agora uma "coligação de perdedores", com "ainda maiores exigências e maiores presenças de independentistas", incluindo o de "um partido liderado por um fugitivo à justiça espanhola".

Feijóo referia-se ao ex-presidente do Governo Regional da Catalunha Carles Puigdemont, que vive na Bélgica desde a tentativa de independência catalã de 2017, para fugir à justiça espanhola.

O partido de Puigdemont, Juntos pela Catalunha (JxCat), elegeu seis deputados no domingo que poderão ser determinantes na formação do próximo Governo espanhol, atendendo aos alinhamentos das diversas forças com a esquerda ou com a direita.

A direção do PSOE também esteve reunida hoje, com a presença de Pedro Sánchez, mas não houve declarações oficiais no final do encontro.

Sánchez celebrou no domingo o "fracasso do bloco do retrocesso", disse que são "muitos mais" aqueles que querem "que Espanha avance, e assim continuará a ser", mas não deu qualquer indicação sobre o que fará ou quando o fará em relação à formação de um novo executivo.

Leia Também: Espanha. Partido de Puigdemont admite negociar com Sánchez

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