O relatório divulgado mostra também um aumento significativo nas mortes relacionadas com o calor nas últimas duas semanas, atingindo um pico entre 18 e 24 de junho, com 69 mortes em uma semana em todo o país, um número sem precedentes.
As temperaturas em algumas partes do México subiram para mais de 40 graus Celsius nas últimas semanas.
A semana entre 11 e 17 de junho também foi excecionalmente quente, registando 31 mortes em todo o país.
Até agora, este ano, o maior número de mortes por insolação e desidratação ocorreu no estado de Nuevo Leon, na fronteira norte, onde fica o centro industrial de Monterrey.
O presidente Andrés Manuel López Obrador afirmou, na semana passada, que os crescentes relatos de mortes por calor eram falsos e faziam parte de uma campanha da imprensa contra o seu governo.
"Existe uma tendência alarmista do jornalismo amarelo", disse López Obrador, citando números mais baixos de mortes que já estavam desatualizados na época.
Segundo a Associated Press, não ficou claro por que o presidente mexicano pensou que as mortes por calor eram uma questão política, avançando poder ter sido porque vários meios de comunicação relataram alegações de que algumas das mortes tinham sido causadas por cortes de eletricidade nas casas das vítimas.
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