O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou, esta sexta-feira, que os primeiros relatórios das inspeções a abrigos antiaéreos mostraram resultados "fracos em quase todo o país", e garantiu que "haverá decisões em matéria de pessoal".
As inspeções em todo o país foram pedidas por Zelensky após três pessoas terem morrido, no início do mês, por não terem conseguido proteger-se dos bombardeamentos russos uma vez que um abrigo em Kyiv se encontrava encerrado.
"Os resultados são fracos. Em quase todo o país. Isto inclui Kyiv, Zaporijia, Kharkiv, Dnipro, Konotop, Bila Tserkva e muitas outras cidades. A situação é particularmente cínica e vergonhosa nas cidades que dispõem de recursos financeiros significativos mas que, infelizmente, têm outras prioridades", afirmou Zelensky, num comunicado publicado no site da Presidência da Ucrânia, acrescentando que "haverá decisões em matéria de pessoal".
"A existência de abrigos acessíveis e fiáveis em todo o país deve ser e será uma prioridade para os dirigentes a todos os níveis. A segurança é a primeira prioridade", sublinhou.
Em Kyiv, as inspeções estiveram a cargo do ministro das Indústrias Estratégicas, Oleksandr Kamyshin, ao passo que no resto do país ficaram sob a responsabilidade do ministro do Interior, Igor Klymenko.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que mais de nove mil civis morreram e quase 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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