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Sudão. Sobe para "mais de 20" o número de mortos em campo de refugiados

Mais de 20 pessoas morreram e pelo menos 50 ficaram feridas, entre elas dois membros dos Médicos Sem Fronteiras (MSF), em confrontos violentos registados na quinta-feira num acampamento de refugiados gerido pela ONU no Sudão do Sul.

Sudão. Sobe para "mais de 20" o número de mortos em campo de refugiados
Notícias ao Minuto

17:37 - 09/06/23 por Lusa

Mundo Médicos sem Fronteiras

"Os MSF transportaram esta manhã quatro feridos graves, entre eles dois trabalhadores locais dos MSF fora de serviço, de Malakal para Juba para receberem tratamento médico depois de um confronto intercomunitário no campo de proteção de civis de Malakal", anunciou hoje esta organização não-governamental (ONG) na sua conta do Twitter, citada pela agência de notícias espanhola EFE.

Na mensagem, a organização atualizou o número de vítimas para "mais de 20 mortos e mais de 50 feridos" e explicou que "mais de 41 pacientes foram tratados nas instalações dos MSF", acrescentando estar "profundamente preocupada por os conflitos intercomunitários no interior do campo de Malaka estarem a causar mais danos aos já afetados por conflitos e desastres".

Os confrontos de quinta-feira começaram devido a um apunhalamento, mas evoluíram para uma situação de violência, com tiros a serem disparados dentro campo.

Na quinta-feira, a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS, na sigla em inglês) disse que pelo menos 13 pessoas morreram e 20 ficaram feridas devido à violência entre comunidades perto da base da missão.

A UNMISS indicou que a violência eclodiu durante as primeiras horas da manhã de quinta-feira entre duas comunidades deslocadas que se refugiaram no centro da ONU na capital do estado do Alto Nilo, Malakal.

Em dezembro, mais de 37 mil pessoas deslocadas estavam abrigadas no centro da ONU em Malakal, de acordo com os registos da Organização Internacional para as Migrações, cujo diretor-geral é o português António Vitorino.

Em 30 de maio, o Conselho de Segurança das Nações aprovou a prorrogação do embargo de armas em vigor desde 2018 e sanções individuais impostas desde 2015 ao Sudão do Sul, assolado pela violência.

De 2013 a 2018, o país de 12 milhões de habitantes foi atormentado por uma sangrenta guerra civil entre apoiantes dos dois líderes rivais, Salva Kiir e Riek Machar, que deixou 380 mil mortos.

A violência continua no Sudão do Sul apesar da assinatura de um acordo de paz em 2018, e o país tinha 2,3 milhões de deslocados internos em abril, de acordo com dados do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários.

A resolução, proposta pelos Estados Unidos e adotada pelo Conselho de Segurança com dez votos a favor e cinco abstenções, prorrogou o embargo de armas por um ano, até 31 de maio de 2024.

No entanto, o texto introduz uma flexibilização que permite agora a transferência de equipamento militar não letal para a implementação do acordo de paz de 2018, autorizada por um ano, sem necessidade de notificação prévia.

Leia Também: Sudão. MSF operaram 240 vítimas do conflito numa semana

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