Um médico da Geórgia foi acusado de tocar na virilha de uma mulher, que estava sentada ao seu lado num voo da Delta Airlines. O homem seguia para o Maine para pedir a namorada em casamento.
O incidente ocorreu a 17 de março, num voo de Atlanta para Portland, segundo uma denúncia criminal a que o New York Post teve acesso, esta quarta-feira.
A mulher disse que o suspeito, Jake Namjik Cho, médico nefrologista, se tinha "inclinado continuamente para a área do seu assento durante o voo enquanto parecia estar a dormir".
A denúncia indica que o homem colocou a mão na coxa e nas nádegas da mulher, enquanto tocava com os seus pés nos dela.
Durante alguma turbulência, ele parece ter tido "um espasmo" e enfiou a mão na virilha da vítima e tocou nos seus "genitais por fora das calças".
A mulher terá reagido, levando o médico a remover a mão do corpo da mulher.
"O passageiro parecia estar a dormir ou a fingir dormir e não tocou (na mulher) depois de retrair a mão", indica o processo.
Dois dias depois, um agente do FBI e um oficial da aviação federal interrogaram Cho no aeroporto de Portland antes de seu voo de regresso para Atlanta, tendo este dito que tinha viajado para o Maine para pedir a namorada em casamento.
Além de negar as acusações, disse estar disponível para um teste de polígrafo, ao qual se submeteu num escritório do FBI em Portland, a 1 de abril.
Depois do teste, Cho acabou por admitir o que tinha feito, mas assegurou que as suas ações não eram sexuais.
Numa declaração por escrito, o homem disse que assim que entrou no avião começou "a relaxar" e esticou as pernas.
"Em algum momento, toquei o meu pé esquerdo contra o pé direito dela e mantive o contacto até adormecer", escreveu, segundo o jornal norte-americano.
"Quando acordei estava encostado à minha esquerda, de frente para ela. Em algum momento vi-a e estendi a mão e agarrei a sua coxa direita com a minha mão", acrescentou. "Eu pretendia apenas apertar a parte superior da coxa direita e nunca tive a intenção de tocar a sua virilha. Porque estava sem óculos e estava escuro, a minha mão escorregou da sua coxa para a sua virilha", alegou.
Após a mulher "instantaneamente" exclamar "algo em voz alta", o homem diz ter retirado a mão, sentando-se direito.
"Fiquei tão envergonhado e não sabia o que fazer, então fechei os olhos e tentei voltar a dormir pelo restante tempo do voo", disse.
Já o agente do FBI escreveu que havia causa provável o suficiente para acreditar que Cho "conscientemente se envolveu em contacto sexual abusivo" com a mulher.
Caso seja condenado, o médico pode vir a passar até dois anos na prisão.
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