"Silêncio". Ucrânia lembra que alertou para barragens minadas em outubro
Segundo o conselheiro de Zelensky, não houve "nenhuma preocupação, nenhum aviso" após o alerta de outubro.

© Seth Herald/Anadolu Agency via Getty Images

Mundo Guerra na Ucrânia
O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, lembrou, esta quarta-feira, que a Ucrânia já tinha alertado, em outubro de 2022, que as barragens do país estavam a ser "minadas". No entanto, em resposta recebeu "silêncio".
"Outubro de 2022. A Ucrânia avisa o mundo que a Rússia está a preparar uma catástrofe provocada pelo homem. As comportas da barragem estão a ser minadas. Em resposta... silêncio", referiu o conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, acrescentando que não houve "nenhuma preocupação, nenhum aviso".
Cerca de nove meses depois, em junho de 2023, a "Rússia faz explodir a central hidroelétrica de Kakhovka". "Será altura de começar a tirar conclusões? E talvez seja altura de perceber quem, quando, porquê e como se planeou a explosão", acrescentou na rede social Twitter.
Foi também no Twitter que, em outubro de 2022, Podolyak avisou que a Rússia estava a preparar um plano "para a central hidroelétrica de Kakhovka", que passaria pela "minagem da barragem", "deportação forçada de ucranianas" e "inundação do território para travar a contraofensiva ucraniana".
October, 2022. #Ukraine warns the world that #Russia is preparing a man-made disaster. The dam floodgates are mined. In response... silence. No concern, no warnings. June, 2023. Russia blows up the #Kakhovka hydroelectric power plant. Is it time to start drawing conclusions? And… https://t.co/VMXaVsRYza
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) June 7, 2023
A destruição da barragem desencadeou uma queda abrupta de torrentes de água no caudal do rio Dniepre, obrigando vários milhares de pessoas a abandonar as zonas inundadas e fazendo temer uma catástrofe ecológica.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que quase nove mil civis morreram e cerca de 15 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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