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Britânica alega que Tate a "sufocou até desmaiar" durante relação sexual

Evie é a mais recente mulher britânica a juntar-se a uma ação judicial planeada contra o influencer britânico Tate.

Britânica alega que Tate a "sufocou até desmaiar" durante relação sexual
Notícias ao Minuto

23:51 - 06/06/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Andrew Tate

Uma mulher britânica alegou que o influencer britânico Andrew Tate a sufocou até perder a consciência enquanto tinham relações sexuais e que depois a submeteu a um comportamento ameaçador.

Evie - nome fictício -, na altura com 20 anos, contou à BBC Newsnight que conheceu Tate num bar em Luton, em Inglaterra, antes de se tornar influencer. Tate estava a trabalhar como porteiro de uma discoteca e ela era estudante.

A mulher alega que teve sexo consensual com Tate antes de o voltar a encontrar no seu apartamento mais tarde em 2014, no final de novembro ou início de dezembro. Foi nessa altura que um encontro consensual se tornou violento.

Segundo Evie, as relações sexuais consensuais tornaram-se violentas quando Tate a sufocou e perdeu os sentidos. "Pôs a mão na minha garganta e estrangulou-me", referiu. Quando acordou, alega que Tate ainda estava a ter relações sexuais com ela. "Não consenti", sublinhou.

Agora com 30 anos, a mulher afirmou ainda que o Tate também a sujeitou a ameaças violentas, incluindo ameaça de morte.

"Não parava de dizer: 'Sou o teu dono, tu pertences-me'. Durante toda a noite, foi bastante agressivo e disse coisas horríveis", relatou. Evie apontou ainda que "no dia seguinte, a parte branca de um dos seus olhos tinha ficado completamente vermelha".

Na altura, a mulher não comunicou o alegado incidente à polícia. Questionada pela BBC sobre a razão pela qual não foi à polícia denunciar a violação, Evie disse que não se apercebeu de que tinha sido vítima de um crime.

"Acho que sabia que tinha acontecido algo que não tinha consentido. Mas não vi isso como violação ou agressão sexual porque foi há 10 anos", explicou.

Evie referiu que apenas cerca de seis anos mais tarde, quando descreveu o alegado incidente aos seus amigos, é que começou a pensar que tinha sido vítima de uma agressão sexual.

Três pessoas que conhecem Evie - e que dizem lembrar-se de ela ter descrito o que aconteceu - disseram aos seus advogados que estão preparados para testemunhar em tribunal nesse sentido.

Evie quer partilhar a sua experiência para sensibilizar as pessoas para o caso de Tate e obter justiça. "Esperamos que isto possa ensinar às mulheres o que é [consentimento] e encorajar mais mulheres a contar as suas histórias", acrescentou.

É a mais recente mulher britânica a juntar-se a uma ação judicial planeada contra o influencer britânico Tate. As mulheres, todas na casa dos 20 e 30 anos, alegam que foram vítimas de violência sexual por parte de Tate entre 2013 e 2016, quando ele vivia no Reino Unido.

Recorde-se que o influencer britânico Andrew Tate, suspeito de crime organizado, violação, exploração e tráfico de seres humanos, negou, na semana passada, todas as acusações em entrevista à BBC e acusou, inclusive, a estação britânica de ter "fabricado" uma testemunha-chave para o caso. 

Naquela que foi a sua primeira entrevista desde que foi detido na Roménia, em dezembro de 2022, o misógino assumido, de 36 anos, foi confrontado com uma série de alegações, incluindo manipulação emocional de mulheres. No entanto, Tate considerou ser uma "força para o bem" e estar a "agir sob a instrução de Deus para fazer coisas boas".

Após ter sido acusado por várias organizações de influenciar o comportamento de jovens face às mulheres, Andrew Tate descreveu as acusações como "um absoluto lixo" e defendeu ser "completamente falso" de que estava a prejudicar os jovens.

Leia Também: Andrew Tate diz "agir sob a instrução de Deus para fazer coisas boas"

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