Dina Boluarte, que chegou ao gabinete do procurador-geral às primeiras horas da manhã abandonou o local por volta do meio-dia, num depoimento que durou mais de três horas. A presidente abandonou o local no veículo oficial, escoltada or duas carrinhas da Polícia Nacional do Peru, segundo a estação de rádio peruana RPP.
Enquanto Dina Boluarte estava a prestar declarações ao Ministério Público, um pequeno grupo de cidadãos reuniu-se em frente ao Ministério Público para protestar contra a Presidente. Alguns desses cidadãos traziam cartazes onde se lia "Dina, assassina que vende pátrias".
O Ministério Público peruano anunciou no final de maio que Boluarte seria inicialmente convocada para depor em 31 de maio, mas adiou o seu depoimento para hoje, depois de a defesa da Presidente ter argumentado que Boluarte já tinha agendado uma "atividade oficial" antes do processo.
Assim que foi conhecida a notícia da sua convocação, o advogado da Presidente, Joseph Campos, transmitiu a "vocação de colaboração" da sua cliente, alegando que o principal desejo desta é encerrar um capítulo que, na sua opinião, "não faz sentido".
O Ministério Público do Peru está a investigar o alegado crime de genocídio pela resposta das autoridades a uma série de manifestações que se tornaram violentas e abalaram o país sul-americano no início do ano, em protesto contra a ascensão de Boluarte à presidência.
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