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Zelensky pede ao mundo para "reagir" após destruição parcial de barragem

O presidente da Ucrânia Volodymyr Zelensky considerou hoje que "o mundo deve reagir" na sequência da destruição parcial da barragem de Kakhovka, sul da Ucrânia, que Kiev atribui a Moscovo e que a Rússia nega categoricamente.

Zelensky pede ao mundo para "reagir" após destruição parcial de barragem
Notícias ao Minuto

14:32 - 06/06/23 por Lusa

Mundo Guerra na Ucrânia

"O mundo deve reagir. A Rússia está em guerra contra a vida, contra a natureza, contra a civilização", indicou na rede social Telegram, acusando os russos de terem minado a barragem antes de a fazerem "explodir".

"A Rússia fez explodir uma bomba, provocando danos ambientais massivos", afirmou Zelensky num discurso por videoconferência aos "Nove de Bucareste", uma organização que reúne nove países da Europa central e oriental membros da NATO, segundo um vídeo partilhado pelos seus serviços.

"Trata-se da maior catástrofe ambiental provocada pelo homem na Europa desde há décadas", prosseguiu, e quando a destruição parcial da barragem de Kakhovka suscita receios quanto aos efeitos na fauna e flora desta zona sul da Ucrânia.

"A Rússia é culpada de um brutal ecocídio", assegurou ainda Zelensky, para considerar que as forças de Moscovo "devem ser consideradas totalmente responsáveis",

Segundo o Presidente ucraniano "é fisicamente impossível fazer explodir [a barragem] de uma forma ou de outra desde o exterior, com bombardeamentos", a versão avançada por Moscovo para explicar esta destruição que ocorreu durante a noite.

A Rússia denunciou um ato de "sabotagem deliberada" de Kiev, considerando que um dos objetivos da Ucrânia consiste em "privar a Crimeia de água", uma península ucraniana anexada em 2014 pela Rússia.

"Trata-se inequivocamente de um ato de sabotagem deliberada por parte dos ucranianos, que foi planeado e executado sob as ordens de Kiev", disse o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov.

A barragem de Kakhovka, construída no rio Dniepre na década de 1950 e capturada no início da ofensiva russa na Ucrânia em 2022, é crucial para o abastecimento de água à Crimeia.

De acordo com Peskov, "este ato de sabotagem pode ter consequências muito graves para dezenas de milhares de habitantes da região de Kherson", bem como "consequências ecológicas".

O conflito armado na Ucrânia, iniciado com a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato por fontes independentes.

Leia Também: Destruição de barragem leva ofensiva russa a "nível sem precedentes"

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