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Protestos em Israel contra reforma judicial entram na 22.ª semana

Dezenas de milhares de manifestantes protestaram hoje à noite em Telavive e outras cidades israelitas, pela 22.ª semana consecutiva, contra o polémico plano do Governo de Benjamin Netanyahu de reformar o sistema judicial.

Protestos em Israel contra reforma judicial entram na 22.ª semana
Notícias ao Minuto

00:00 - 04/06/23 por Lusa

Mundo Israel

Os manifestantes reúnem-se semanalmente desde janeiro para denunciar a reforma judicial promovida pelo executivo liderado por Netanyahu, um dos governos mais à direita da história de Israel, e também o primeiro-ministro, indiciado por vários crimes, tem sido alvo das críticas.

O chefe do Governo anunciou em 27 de março uma "pausa" no projeto para dar uma "oportunidade [...] ao diálogo", mas a mobilização contra as reformas continua forte, assim como as críticas à sua liderança.

De acordo com a imprensa israelita, cerca de 100.000 manifestantes reuniram-se em Telavive, um número significativo num país de nove milhões de habitantes.

A polícia não divulga números oficiais sobre os protestos.

Os manifestantes, agitando bandeiras de Israel, bloquearam ruas hoje, depois de já na sexta-feira à noite, várias centenas terem protestado em frente à residência privada de Netanyahu,

A manifestação, descrita como "não autorizada" pela polícia, foi marcada por incidentes violentos com as forças policiais e pelo menos 17 detenções.

"Continuamos a manifestar-nos para mostrar que, mesmo que tenham feito uma pausa na reforma, continuamos mobilizados e eles não serão capazes de passar sorrateiramente pelas leis", disse Ilit Fayn, de 55 anos que participou do protesto.

"Este Governo corrupto está cheio de bandidos (...) o povo judeu levou 2.000 anos para ter um Estado, não podemos perdê-lo por causa de um bando de fanáticos", disse Arnon Oshri, um agricultor de 66 anos.

Segundo o Governo, a reforma do sistema judicial visa, entre outras coisas, reequilibrar os poderes, reduzindo as prerrogativas do Supremo Tribunal, que o executivo considera politizadas, em benefício do Parlamento.

Mas os críticos dizem que corre o risco de abrir caminho para uma deriva autoritária.

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