A primeira dama dos Estados Unidos, Jill Biden, aterrou esta sexta-feira no Egito para a segunda parte da sua viagem por países do Médio Oriente, Norte de África e Europa, numa campanha da Casa Branca para promover os direitos das mulheres e a educação acessível.
Biden chegou a Cairo via Amã, a capital da Jordânia, onde foi a representante da administração norte-americana no casamento do príncipe Hussein da Jordânia. No sábado, parte para Marrocos e o último destino da sua viagem de seis dias será Portugal, na segunda-feira.
Segundo explica a Associated Press, o Egito é um dos países da região que recebe mais apoio financeiro norte-americano e assistência militar. No entanto, as políticas opressivas e ditatoriais que marcaram a liderança de Abdul Fatah al-Sisi desde 2014 levaram os seus parceiros a pedir um maior respeito pelos direitos humanos e por reformas sociais.
À agência de notícias norte-americana, a porta-voz de Jill Biden disse que a primeira dama vai focar-se no investimento norte-americano em programas direcionados para a educação, e irá apelar a uma maior consideração pelos direitos das mulheres.
Thank you for the warm welcome to Egypt, “Umm al-dunya”, Mrs. Entissar Amer! pic.twitter.com/LRRRzWN1Qt
— Jill Biden (@FLOTUS) June 2, 2023
Esta não é a primeira vez que Biden faz uma piada deste tipo, mas é, no entanto, a primeira visita ao Médio Oriente como primeira dama. Em fevereiro, a esposa do presidente dos Estados Unidos viajou até ao Corno de África, visitou a Namíbia e o Quénia, numa série de visitas em que apelou a uma maior ajuda humanitária na região, realçando as graves dificuldades alimentares e reforçando a importância de defender os direitos das mulheres.
Al-Sissi chegou ao poder no Egito através de um golpe de Estado, derrubando o governo de Morsi em 2013 e terminando com a Primavera Árabe no país, com a revolução e com as tentativas de tornar o país numa democracia. Desde então, o Egito tornou-se num dos países com um maior número de presos políticos, mais de 60.000, incluindo centenas de ativistas e jornalistas.
Mas al-Sissi tem tentado pintar uma imagem renovada do país aos olhos da comunidade internacional, acolhendo até a última cimeira climática da COP (apesar das críticas de estar a usar a cimeira, precisamente, para esconder os abusos de direitos humanos).
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