Kadyrov quer "vingança", mas Ucrânia lembra "quem matou" chechenos

O líder da Chechénia pediu "vingança" contra a Ucrânia, após um alegado ataque a Moscovo. No entanto, "deveria vingar-se de Moscovo e de Putin pessoalmente, e não ameaçar a Ucrânia", afirmou o secretário da Segurança Nacional e do Conselho de Defesa da Ucrânia.

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© Mikhail Svetlov/Getty Images

Notícias ao Minuto
31/05/2023 16:53 ‧ 31/05/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Guerra na Ucrânia

O líder da república russa da Chechénia, Ramzan Kadyrov, apelou a uma "vingança em todo o sentido da palavra", após um alegado ataque ucraniano contra Moscovo. No entanto, foi alertado pela Ucrânia de quem "matou e destruiu" os chechenos.

Numa publicação na plataforma Telegram, na terça-feira, Kadyrov culpou "o regime de Kyiv" pelo ataque que causou dois feridos ligeiros e danos em vários edifícios, acusando a Ucrânia de "terrorismo".

"Mostrar-vos-emos o que é a vingança no sentido pleno da palavra", assegurou.

O presidente russo, Vladimir Putin, acusou na terça-feira a Ucrânia de terrorismo e de tentar aterrorizar a população russa, após um ataque sem precedentes com drones contra a região de Moscovo.

O Ministério da Defesa russo disse que oito dispositivos estiveram envolvidos no ataque, dos quais cinco foram abatidos pela defesa antiaérea e três foram neutralizados por meios eletrónicos, segundo a agência oficial TASS.

Após a 'ameaça', o secretário da Segurança Nacional e do Conselho de Defesa da Ucrânia, Oleksiy Danilov, afirmou que "Kadyrov deveria vingar-se de Moscovo e de Putin pessoalmente, e não ameaçar a Ucrânia".

"Foram os russos que mataram e destruíram os chechenos. Foram os russos que trouxeram séculos de escravatura, milhares de mulheres e crianças assassinadas e torturadas, a destruição da cidade e os túmulos profanados dos antepassados para a terra chechena", acusou.

"Não foram os ucranianos que arrasaram Grozny [capital da Chechénia] e os seus pacíficos habitantes com tanques, foram os tanques russos. O povo checheno lembra-se disso e, para aqueles que se esqueceram, é tempo de se lembrarem!", acrescentou.

A Chechénia, uma república autónoma de maioria muçulmana do Cáucaso russo, foi palco de confrontos, nas décadas de 1990 e 2000, entre guerrilheiros e o exército russo, provocando dezenas de milhares de mortos. 

Leia Também: Ucrânia: MNE russo acusa Ocidente de mentir após ataque a Moscovo

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