EUA alertam que míssil iraniano com 2.000 km de alcance é uma "ameaça"
Os Estados Unidos alertaram hoje que o novo míssil iraniano, com alcance de 2.000 quilómetros e uma cabeça explosiva de 1.500 quilos, representa uma "grave ameaça" à segurança regional e internacional.
© Getty Images
Mundo EUA
"O desenvolvimento e proliferação de mísseis balísticos pelo Irão representa uma séria ameaça à segurança regional e internacional e continua sendo um desafio significativo" ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear (NPT), sublinhou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, durante a conferência de imprensa diária.
O alcance do míssil coloca a maior parte do Médio Oriente ao alcance, mas fica aquém da Europa Ocidental, noticiou a agência Associated Press (AP).
As novas armas iranianas foram apresentadas para comemorar a vitória em Khorramshahr, a cidade fronteiriça iraniana conquistada pelo Iraque no início da guerra que ambos os países travaram entre 1980 e 1988, e que as tropas iranianas reconquistaram em 1982, há já 41 anos.
Teerão criou o seu programa de mísseis balísticos depois de sofrer ataques de mísseis Scud iraquianos no conflito - e como uma proteção contra os seus vizinhos armados ocidentais, já que os embargos o impediram de comprar aeronaves de ataque modernas.
As autoridades iranianas exibiram o Khorramshahr-4 aos jornalistas num evento em Teerão, com o míssil num lançador montado num camião.
O ministro da Defesa, o general Mohammad Reza Ashtiani, frisou que o míssil pode ser preparado para lançamento num curto período.
"Uma das características proeminentes deste míssil é sua capacidade de escapar da deteção do radar e penetrar nos sistemas de defesa aérea do inimigo, graças à sua baixa assinatura radar", realçou o general aos jornalistas.
Matthew Miller criticou o facto de que, apesar das restrições que o Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs às atividades de mísseis iranianos, o Irão continua a procurar uma variedade de tecnologias de mísseis de fornecedores estrangeiros e a realizar testes.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano ressalvou, no entanto, que os Estados Unidos consideram que "a diplomacia é a melhor forma" de garantir e verificar que o Irão não adquire armas nucleares.
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