"Caixão vivo" de cogumelo pode ser o futuro para enterros sustentáveis

O holandês Bob Hendrikx criou um novo tipo de caixão, inspirado na falta de alternativas sustentáveis de serviços funerários.

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© Studio Hendrikx / Facebook

Notícias ao Minuto
24/05/2023 22:30 ‧ 24/05/2023 por Notícias ao Minuto

Mundo

Bob Hendrikx

Para aqueles que buscam viver da maneira mais sustentável, agora também podem fazê-lo... depois da morte.

Bob Hendrikx, um holandês de 29 anos, criou um novo tipo de caixão a partir de cogumelos, inspirado na falta de alternativas sustentáveis de serviços funerários.

Enquanto os tradicionais caixões de madeira vêm de árvores que podem levar décadas a crescer e anos para se decompor no solo, as versões feitas de micélio vão-se biodegradando e são absorvidas pelo solo em apenas um mês e meio.

Micélio é a parte vegetativa do cogumelo, quase como uma 'raiz' que é responsável pela absorção de nutrientes. Neste caso, o caixão de micélio é "cultivado" num molde especial que, numa semana, se transforma no que basicamente pode ser comparado à aparência de um sarcófago egípcio sem pintura.

Ao que a Associated Press relata esta quarta-feira, o caixão usa esse material para se auto decompor e para acelerar o processo de decomposição do corpo humano. É estimado que o caixão de madeira comum leve quase 20 anos para se decompor. Porém, o desenvolvido por Hendrikx leva seis semanas. 

Os cogumelos conseguem fazer a compostagem de diversos materiais orgânicos e inorgânicos, do papelão ao plástico. A sua eficiência já foi comprovada até em 'absorver' radiação, daí que seja possível dizer que os cogumelos têm a capacidade de reduzir diversos impactos ambientais. 

"Todos nós temos culturas diferentes e formas diferentes de querer ser enterrados no mundo. Mas acho que muitos de nós, uma grande percentagem, gostaria de ser diferente", referiu Shawn Harris, um investidor americano da empresa Loop Biotech, que produz os caixões.

Hendrikx chama a invenção de "caixão vivo", e promete que é uma alternativa 'eco friendly'. "Sem os químicos usados no embalsamamento, o corpo vira adubo naturalmente, então por que não usar os cogumelos? Esses organismos são, muitas vezes, chamados de 'os maiores recicladores', então conseguem auxiliar na decomposição da matéria orgânica", referiu.

Leia Também: Homem morre em cruzeiro e corpo é armazenado em frigorífico de bebidas

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