Senado argelino rejeita resolução do PE sobre respeito dos direitos humanos
O Senado argelino manifestou hoje absoluta "rejeição" e "reprovação" da resolução do Parlamento Europeu que apela às autoridades argelinas para que respeitem os direitos humanos e a libertação imediata dos "detidos arbitrariamente por exercerem a liberdade de expressão".
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Mundo Argélia
Num comunicado de imprensa, a primeira câmara legislativa argelina considerou que a resolução do Parlamento Europeu "contem erros terríveis".
A resolução hoje aprovada por maioria dos eurodeputados, com 536 votos a favor, quatro contra e 19 abstenções, manifesta preocupação com as violações dos direitos humanos no país do norte de África.
No debate durante a sessão plenária, os eurodeputados apelaram ao fim da repressão contra jornalistas e ativistas da oposição, citando Ihasan al-Kadi, condenado no início de abril a cinco anos de prisão depois de ser detido em casa em dezembro de 2022.
A situação da liberdade de imprensa "deteriorou-se consideravelmente na Argélia" desde 2019, refere a resolução do Parlamento Europeu, que sublinha o bloqueio de "cada vez mais sites" de informação e publicações críticas do governo.
O Conselho da Nação da Argélia qualificou a resolução do Parlamento Europeu como "interferência" nos assuntos internos de um Estado soberano.
"O Parlamento Europeu tornou-se uma instituição acostumada a praticar a política de arrogância e superioridade, exigindo respeito pelos direitos humanos em alguns países, enquanto massacra outros", disse o Senado argelino.
A instituição argelina pediu ao Parlamento Europeu que abandone o "princípio de dois pesos e duas medidas, e não guarde ressentimentos e aparente ódio" contra os países que não se conformam com a sua política.
O senado exorta o Parlamento Europeu a "procurar mais credibilidade e mostrar entusiasmo, como tem demonstrado noutras regiões do mundo", citando o exemplo da Palestina, que enfrenta a repressão israelita.
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