ASEAN manifesta "profunda preocupação" com violência em Myanmar

A Associação dos Países do Sudeste Asiático (ASEAN) manifestou hoje "profunda preocupação" com a violência em Myanmar (antiga Birmânia) e condenou o recente ataque a uma coluna que transportava ajuda humanitária ao país.

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Lusa
10/05/2023 06:46 ‧ 10/05/2023 por Lusa

Mundo

Myanmar

"Estamos profundamente preocupados com a violência em curso em Myanmar e apelamos ao fim imediato de todas as formas de violência e do uso da força para criar um ambiente propício à entrega de (...) ajuda humanitária e um diálogo nacional inclusivo", referiu a organização num comunicado oficial da cimeira que decorre em Labuan Bajo, na Indonésia.

A situação em Myanmar -- cuja atual liderança não pode participar na cimeira -- está a marcar a atualidade da 42.ª cimeira, que entre outros temas vai ainda aprovar o roteiro para a adesão de Timor-Leste como 11.º membro.

Intervindo na abertura do encontro, o Presidente indonésio, Joko Widodo, referiu-se à necessidades dos Estados-membros se unirem para resolver os desafios regionais, permitindo assim que a ASEAN possa ter um "papel central para a paz e o crescimento".

A Indonésia e Singapura condenaram, na segunda-feira, o ataque a uma coluna humanitária com diplomatas e membros da ASEAN, no domingo, e pediram o fim da violência no país.

O ministério dos Negócios Estrangeiros de Singapura disse, em comunicado, que dois membros da embaixada da cidade-estado em Rangum faziam parte da comitiva, mas que se encontram "sãos e salvos".

Singapura pediu um "diálogo construtivo entre todas as partes que facilite uma solução pacífica que sirva o melhor interesse do povo birmanês".

Segundo meios de comunicação social locais e os porta-vozes dos ministérios dos Negócios Estrangeiros da Indonésia e de Singapura, a delegação em que seguiam diplomatas e os responsáveis por ajuda humanitária da ASEAN foi alvo de disparos quando ia prestar assistência a pessoas deslocadas na localidade de Hsi Hseng, no estado ocidental de Shan.

Em meados de abril, ataques aéreos mortais na região de Sagaing, no centro da Birmânia, mataram pelo menos 170 pessoas.

Uma revolta militar derrubou o governo eleito de Aung San Suu Kyi em fevereiro de 2021, pondo fim a uma década de transição democrática e desencadeando um movimento de protesto de larga escala, inicialmente pacífico, mas que levou posteriormente à formação de milícias civis para combater o exército.

Segundo a ONU, pelo menos 3.400 pessoas morreram às mãos das forças armadas birmanesas desde o golpe de Estado.

Leia Também: Indonésia e Singapura condenam ataque a missão humanitária no Myanmar

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