"Cerca de 27 mil milhões de coroas (cerca de 3,6 mil milhões de euros) serão para equipamentos de defesa, edifícios, tecnologias de informação e pessoal para fazer face aos desafios acumulados (...) e mais 11 mil milhões de coroas (1,4 mil milhões de euros)" para novos investimentos, indicou o Ministério da Defesa da Dinamarca, num comunicado, alegando que a atual situação geopolítica exige "mais recursos para garantir a defesa atual".
"Durante muitos anos, a situação da política de segurança teve um grande impacto na defesa dinamarquesa", explicou o ministro da Defesa, Troels Lund Poulsen, no mesmo comunicado.
E acrescentou: "Ao mesmo tempo, devemos reconhecer que nós, políticos, tomamos decisões (...) com base em premissas que se mostraram incorretas. Isso significa que estamos perante uma tarefa importante: restaurar os fundamentos da defesa antes de os consolidar".
O anúncio surge na sequência de uma auditoria às Forças Armadas dinamarquesas, destinada a preparar as negociações do Orçamento de Defesa a partir de 2024, que revelou provas de desgaste de equipamentos e quartéis, bem como profundos desafios no domínio da tecnologia de informações.
Para o ministro da Defesa, também é evidente a necessidade de reforçar os recursos humanos do setor, ou seja, ter mais militares.
Depois de anunciar um aumento de gastos militares em 2022, após a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro do ano passado, a Dinamarca informou que vai destinar 2% do seu Produto Interno Bruto (PIB) ao setor de Defesa até 2030 -- um objetivo colocado pela NATO da qual é membro.
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