Ex-presidente Alejandro Toledo tenta evitar extradição para o Perú

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo pediu hoje a um juiz federal para não aplicar a ordem de detenção que lhe foi emitida para sua extraditarão para o Perú, onde está acusado de corrupção pelo caso Odebrecht.

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Lusa
20/04/2023 19:18 ‧ 20/04/2023 por Lusa

Mundo

Perú

O antigo chefe de Estado do país andino entre 2001 e 2006 apresentou um requerimento com caráter de urgência ao juiz Beryl Howell, do Tribunal do distrito de Columbia, para "suspender a detenção e extradição".

Com este recurso, Toledo tenta impedir a ordem de prisão emitida na quarta-feira pelo juiz da Califórnia, Thomas Hixson, destinada a enviá-lo para o Perú.

O ex-presidente está obrigado a entregar-se às autoridades até sexta-feira no edifício Robert F. Peckham, sede do Tribunal do distrito norte da Califórnia, na cidade de San José (Califórnia).

Toledo, que reside na cidade de São Francisco, deveria ter sido detido para extradição em 07 de abril, mas tem protelado o processo através de diversos recursos legais.

No entanto, e após ter sido negado um pedido do ex-presidente para uma nova audiência, a procuradoria norte-americana pediu na quarta-feira ao juiz para reativar a ordem de detenção.

Toledo, 77 anos, foi detido em 2019 na Califórnia e esteve oito meses na prisão por risco de fuga, apesar de ter passado para prisão domiciliária em março de 2020, após o surto da pandemia do covid-19.

Em setembro passado, a justiça norte-americana aprovou a sua extradição para o Perú, após referir ter recolhido provas suficientes que justificavam essa medida, avaliada em fevereiro passado pelo Departamento de Estado.

Alejandro Toledo está indiciado no seu país por ter recebido cerca de 34 milhões de dólares (31 milhões de euros) da construtora brasileira Odebrecht, alegadamente canalizados para uma rede de sociedades sediadas em paraísos fiscais e através das quais terá adquirido avultosas propriedades imobiliárias no Peru.

O caso Odebrecht, o maior escândalo de corrupção da América Latina, também atingiu os ex-presidentes peruanos Alan García (1985-1990 e 2006-2011), Ollanta Humala (2011-2016) e Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), além da candidata presidencial Keiko Fujimori, filha e herdeira política do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000).

Leia Também: Governo do Peru confiante de que ex-presidente Toledo será extraditado

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