"Estamos profundamente preocupados com o anúncio da Rússia sobre a prisão de um repórter do Wall Street Journal. Protestamos contra os esforços da Rússia para limitar e intimidar os meios de comunicação", disse a embaixadora norte-americana Linda Thomas-Greenfield, porta-voz da declaração apoiada por 45 países, entre eles Portugal.
Linda Thomas-Greenfield adicionou que os Estados envolvidos continuarão comprometidos com a defesa da liberdade de expressão e da segurança dos jornalistas em todo o mundo.
"Pedimos às autoridades russas que libertem todos os detidos por motivos políticos e ponham fim à repressão draconiana à liberdade de expressão, inclusive contra membros da comunicação social", adiantou.
Gershkovich foi preso pelos serviços de segurança russos no dia 30 de março, sob acusação de recolha de informações sobre a indústria da defesa, sendo o arquivo classificado como confidencial.
O jornalista e o Governo americano rejeitaram as acusações de espionagem, puníveis na Rússia com 20 anos de prisão.
Gershkovich está detido na prisão de Lefortovo há mais de duas semanas, e recebeu hoje a primeira visita autorizada, da embaixadora americana em Moscovo Lynne Tracy, na véspera da audiência de recurso da prisão preventiva.
"Ele está bem de saúde e continua forte", disse Tracy, que apelou à libertação do jornalista qualificando a detenção de "injusta".
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