Procuradoria brasileira quer Bolsonaro impedido de concorrer a eleições

Em causa está uma iniciativa que surge na sequência das suspeitas de que Jair Bolsonaro terá exercido abuso de poder durante uma reunião, no Palácio da Alvorada, com embaixadores estrangeiros em julho passado.

Jair Bolsonaro

© Reuters

Ema Gil Pires
13/04/2023 16:33 ‧ 13/04/2023 por Ema Gil Pires

Mundo

Brasil

A Procuradoria-Geral Eleitoral (PGE) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que declare a inelegibilidade do antigo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, impedindo assim futuras candidaturas do antigo chefe de Estado a cargos públicos pelo período de oito anos.

A informação foi avançada pelo Folha de S. Paulo, e dá conta de que o despacho da Procuradoria-Geral Eleitoral foi entregue na noite de quarta-feira ao Tribunal Superior Eleitoral.

Em causa está uma iniciativa que surge na sequência das suspeitas de que Jair Bolsonaro terá exercido abuso de poder durante uma reunião, no Palácio da Alvorada, com dezenas de embaixadores estrangeiros, em julho passado.

Em momento de pré-campanha para as eleições presidenciais que se aproximavam a passos largos, e cuja primeira volta decorreu em outubro do ano passado, o então presidente brasileiro lançou suspeitas acerca da fiabilidade do sistema de votação eletrónica.

Caso seja, de facto, considerado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral, Jair Bolsonaro ficará impossibilitado de concorrer a eleições pelo período de oito anos - prazo que começa a contar desde o último escrutínio, em finais de 2022.

Esta é a mais recente polémica a pender sobre o ex-chefe de Estado brasileiro, que viu os seus apoiantes, em janeiro passado, a invadir as sedes dos três poderes do Estado brasileiro - o Congresso, o Supremo Tribunal e o Palácio do Planalto -, na sequência da derrota do candidato do Partido Liberal face a Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores). Nesse momento, ficou a saber-se que Jair Bolsonaro ia ser formalmente investigado por instigação à invasão.

Depois disso, foi também divulgado que, durante o mandato de Jair Bolsonaro, o governo da Arábia Saudita ofereceu à presidência brasileira vários conjuntos de joias de luxo avaliados em cerca de três milhões de euros. Foi, entretanto, instituído um inquérito, que pretende avaliar se Bolsonaro cometeu o crime de peculato, ao tentar ficar com as joias.

Leia Também: Governo brasileiro exonera general responsável pela segurança do Planalto

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas