Quatro polícias e um militante talibã mortos em tiroteio no Paquistão

Cinco pessoas, incluindo quatro polícias, morreram hoje num tiroteio com combatentes islamistas no sudoeste do Paquistão, anunciou a polícia local.

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© ARIF ALI/AFP via Getty Images

Lusa
11/04/2023 10:46 ‧ 11/04/2023 por Lusa

Mundo

Paquistão

Homens armados que a polícia disse pertencerem ao Tehrik-e Taliban Pakistan (TTP), os talibãs paquistaneses, abriram fogo antes do amanhecer sobre polícias em Kuchlak, cerca de 10 quilómetros a norte de Quetta, capital da província do Balochistão.

"Os militantes dispararam contra um grupo de polícias de um edifício, matando quatro", disse um alto funcionário da polícia local, Muhammad Zohaib, à agência francesa AFP.

Um dos atiradores foi morto no tiroteio e os restantes escaparam, acrescentou.

Um oficial antiterrorismo, Aitzaz Goraya, disse à AFP que pertenciam ao TTP, um grupo separado dos talibãs afegãos, mas impulsionado pela mesma ideologia islamista.

Na segunda-feira, dois agentes da polícia e dois civis foram mortos numa explosão de uma moto-bomba num movimentado mercado de Quetta.

Os separatistas do Exército de Libertação do Balochistão reivindicaram a responsabilidade pelo ataque.

O Balochistão, a maior, menos povoada e mais pobre província do Paquistão que faz fronteira com o Irão e o Afeganistão, tem sido abalada intermitentemente, durante décadas, por uma rebelião separatista.

Grupos jihadistas, tais como o TTP, também estão ativos na região.

A província é rica em hidrocarbonetos e minerais, mas a sua população de cerca de 12 milhões de pessoas queixa-se de ter sido marginalizada e despojada dos seus recursos naturais.

As tensões no Balochistão são agravadas pelos enormes projetos do Corredor Económico China-Paquistão (CPEC), nos quais a China deverá gastar mais de 50 mil milhões de dólares (45 mil milhões de euros, ao câmbio atual).

O porto de águas profundas de Gwadar, no Golfo de Amã, a 650 quilómetros a sudoeste da capital Islamabade, é considerado como o "porta-estandarte" do CPEC.

Estes projetos chineses criaram frequentemente um forte ressentimento na província, especialmente entre os grupos separatistas, que sentem que a população local não beneficia deles, uma vez que a maioria dos empregos vai para a mão-de-obra chinesa.

Leia Também: Paquistão. Pelo menos 4 mortos e mais de uma dezena de feridos em ataque

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