"Muito raro". Três gerações diagnosticadas com cancro cerebral na Escócia

Claire Cordiner perdeu a mãe, Margaret O’Kane, e a irmã, Angie Jones, no espaço de um ano, para a mesma doença. Em junho de 2022, o sobrinho da escocesa, Max, foi diagnosticado com a mesma neoplasia.

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Notícias ao Minuto
31/03/2023 20:57 ‧ 31/03/2023 por Notícias ao Minuto

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Reino Unido

Três membros da mesma família escocesa, de diferentes gerações, foram diagnosticados com o mesmo tipo de cancro cerebral, naquilo que os especialistas consideram ser uma probabilidade de "uma em mil milhões".

Claire Cordiner, de 54 anos, perdeu a mãe, Margaret O’Kane, de 66 anos, e a irmã, Angie Jones, de 36, no espaço de um ano, - entre 2008 e 2009 -, para a mesma doença, um glioblastoma.

Em junho de 2022, o sobrinho da escocesa, Max, de 18 anos, foi diagnosticado com a mesma neoplasia, que tem uma taxa de sobrevivência de menos de 10%.

O jovem foi submetido a uma intervenção cirúrgica para remover o tumor no Hospital Universitário Queen Elizabeth, em Glasgow, mas encontra-se, agora, no hospício Kilbryde, em cuidados paliativos.

"Tumores cerebrais devastaram a nossa família. São tão imprevisíveis e podem afetar pessoas de qualquer idade. Senti-me impotente por não ter podido fazer nada pela mãe e pela Angie, e agora sinto-me impotente pelo meu sobrinho, Max", lamentou Claire, em declarações ao The Independent.

Foi em 2004 que Angie teve os primeiros sintomas, nomeadamente dores nas pernas e movimentos incontroláveis nos braços. Foi descoberto que tinha um tumor no cérebro e, apesar de inicialmente ter recusado tratamento por estar a tentar engravidar, Angie foi alvo de quimioterapia e radioterapia. Ao fim de cinco anos, em novembro de 2009, foi-lhe dito que "nada mais" poderia ser feito. Angie morreu um mês depois, em casa.

Por seu turno, Margaret foi diagnosticada em novembro de 2007, tendo uma ressonância magnética revelado que tinha dois tumores no cérebro. A cirurgia para os remover não foi bem sucedida, e a mulher estava demasiado doente para receber mais do que uma semana de radioterapia. Margaret morreu em outubro de 2008, quase um ano após o diagnóstico.

Em junho de 2022, Max recebeu o mesmo diagnóstico, o que foi "totalmente inesperado".

"Teve cinco semanas de quimioterapia e de radioterapia, o que foi intenso. Esteve bem durante algum tempo, mas foi hospitalizado em janeiro de 2023. Encontraram mais dois tumores – um no cérebro e outro na coluna", disse Claire, ao mesmo meio.

Desde 2016 que a escocesa organiza eventos de angariação de fundos para a associação Brain Tumour Research. Karen Noble, membro da entidade, considerou ser "muito raro" que "três gerações da mesma família" fossem diagnosticadas com o mesmo tumor, adiantando tratar-se de uma probabilidade de "uma em mil milhões".

"Ocasionalmente, temos conhecimento de casos em que irmãos foram diagnosticados, mas este é o primeiro desta natureza de que temos conhecimento. Neste momento, há pouca evidência que comprove que estes tumores sejam hereditários, mas claro que é necessário mais pesquisa", disse, assinalando que "tumores cerebrais matam mais crianças e adultos com menos de 40 anos do que qualquer outro cancro e, ainda assim, apenas 1% do financiamento nacional foi alocado nesta doença devastadora".

Leia Também: Menina de 10 anos diagnosticada com cancro cerebral. Tem "meses" de vida

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