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Golfo interpela EUA sobre declarações xenófobas de ministro israelita

O Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) anunciou hoje que manifestou ao chefe da diplomacia norte-americana a oposição a afirmações xenófobas do ministro israelita das Finanças, em que este nega a existência de palestinianos como indivíduos e como povo.

Golfo interpela EUA sobre declarações xenófobas de ministro israelita
Notícias ao Minuto

17:10 - 26/03/23 por Lusa

Mundo Conselho de Cooperação

"Não há palestinianos porque não há povo palestiniano", disse o ministro israelita Bezalel Smotrich numa visita privada a Paris, citando as palavras de Jacques Kupfer, ativista sionista franco-israelita, durante uma cerimónia em sua memória no passado dia 19.

Numa carta ao secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, os ministros dos Negócios Estrangeiros dos seis países árabes do CCG apelaram a Washington para "assumir as suas responsabilidades, respondendo a todas as medidas e declarações dirigidas ao povo palestiniano" e para "desempenhar o seu papel na obtenção de uma solução justa, abrangente e duradoura" para o conflito israelo-palestiniano, de acordo com a declaração.

O Departamento de Estado classificou como "ofensivos" e "perigosos" os comentários do ministro de extrema-direita Bezalel Smotrich, membro do novo governo de Benjamin Netanyahu.

Os chefes da diplomacia da Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Koweit e Omã, reunidos esta semana em Riade, também denunciaram as observações feitas pelo mesmo ministro no final de fevereiro.

Em 26 de fevereiro, dois jovens colonos israelitas foram mortos a tiro no seu carro em Huwara, uma cidade palestiniana no norte da Cisjordânia ocupada e, em retaliação, os colonos atacaram Huwara, incendiando dezenas de edifícios e carros.

"Penso que Huwara deveria ser aniquilado", disse na altura Bezalel Smotrich, líder do partido do Sionismo Religioso, antes de se retratar face ao clamor internacional que gerou.

O CCG inclui os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein, que normalizaram as relações com Israel como parte dos Acordos de Abraão, em 2020.

A Arábia Saudita, que lidera o CCG, condiciona a normalização das relações com Israel à criação de um Estado palestiniano.

O conflito israelo-palestiniano entrou numa nova espiral de violência desde o início do ano.

Leia Também: EUA "extremamente preocupados" com aprovação de colonatos na Cisjordânia

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