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Vítimas argentinas pedem liderança da UE contra abuso sexual infantil

Os ativistas argentinos Silvia Piceda e Sebastián Cuattromo lutam há mais de 10 anos contra o que consideram "o crime mais impune da Terra", o abuso sexual de crianças, e como sobreviventes pedem à União Europeia "liderança política".

Vítimas argentinas pedem liderança da UE contra abuso sexual infantil
Notícias ao Minuto

23:02 - 24/03/23 por Lusa

Mundo União Europeia

O casal Piceda e Cuattromo fundaram em 2012 a associação civil "Adultos por los derechos de la infancia" com o objetivo de quebrar o silêncio que, segundo dizem, "protegeu" o problema do abuso sexual ao longo dos anos no mundo.

Numa digressão europeia, fizeram uma paragem em Bruxelas para uma reunião com membros das instituições comunitárias e exortar a União Europeia (UE, como "ator político internacional de grande relevância", a dar prioridade a esta "causa dos direitos humanos da infância", a luta contra o abuso infantil.

"A UE poda dar uma contribuição muito significativa se decidisse realizar políticas e ações na América Latina, onde vemos grandes limitações materiais para expandir e multiplicar toda a nossa experiência na região", destacou Sebastián Cuattromo em entrevista à EFE.

Cuattromo foi vítima de abuso sexual aos 13 anos por um professor e religioso da escola católica de Buenos Aires onde estudava, enquanto Silvia Piceda foi abusada entre os nove e os 11 anos por pessoas próximas da família. Agora, são um casal qur compartilha a mesma vocação ativista.

Segundo o Conselho da Europa, uma em cada cinco crianças já foi vítima de abuso sexual, com práticas que incluem toques, estupro, assedio sexual, exibicionismo, chantagem sexual e pornografia.

Além disso, entre 70% e 85% dos casos, as crianças abusadas conhecem os agressores: "É alguém que amam e em quem depositam a sua necessidade de cuidado e a sua confiança. Por isso é tão complexo lidar", comentou Cuattromo.

Em geral, os abusadores são pessoas que estão em situação de poder, como tem acontecido com padres, professores, médicos ou pais, explica Piceda.

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