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Não entregar Putin? Ucrânia acusa Hungria de destruir a sua "reputação"

A Hungria rejeitou entregar Putin ao TPI, caso o chefe de Estado russo entre no território do país.

Não entregar Putin? Ucrânia acusa Hungria de destruir a sua "reputação"
Notícias ao Minuto

22:16 - 23/03/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Guerra na Ucrânia

A Ucrânia reagiu, esta quinta-feira, às declarações do governo húngaro que dão conta de que o país não irá entregar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao Tribunal Penal Internacional (TPI), caso este entre naquele território. 

A reação ucraniana surgiu pelo conselheiro presidencial Mykhailo Podolyak, que acusou a Hungria de “anular repetidamente a sua reputação ao apoiar diretamente” a Rússia, “rejeitando até a sua assinatura do Estatuto de Roma”.

“A Federação Russa é um inegável país criminoso que vai vergonhosamente para o ‘fundo da história’”, começou por referir o conselheiro do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na rede social Twitter.

“Mas a Hungria anula repetidamente a sua reputação ao apoiar diretamente a Rússia. Rejeitando até a sua assinatura do Estatuto de Roma”, acrescentou.

E questionou: “Para quê?”

O chefe do gabinete do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, revelou que não irá entregar Putin, que é alvo de um mandado de detenção internacional, apesar de a Hungria ter assinado o Estatuto de Roma, o tratado internacional que deu origem ao TPI em 1999.

No entanto, segundo o porta-voz, Gergely Gulyas, o tratado nunca chegou a ser incorporado no sistema jurídico da Hungria, motivo pelo qual o país “não tem as leis necessárias para prender o presidente russo”. 

Em declarações aos jornalistas, Gulyas disse ainda que o mandado de detenção, emitido pelo TPI na passada sexta-feira, “vai no sentido da escalada e não da paz”. 

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou a 24 de fevereiro de 2022 com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que mais de oito mil civis morreram e cerca de 13 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Bruxelas avança com proposta para aumentar produção de munições na UE

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