Armas letais para a Rússia? China "não ultrapassou a linha", diz Blinken
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos comentou a visita do presidente da China, Xi Jinping, à Rússia, durante a qual este se encontrou com o seu homólogo, Vladimir Putin.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
O secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, considerou, esta quarta-feira, que a China não "ultrapassou a linha" no que diz respeito ao fornecimento de apoio letal à Rússia.
"Enquanto falamos hoje, não os vimos passar essa linha", garantiu Blinken quando questionado, durante uma comissão no Senado, sobre se Pequim estava a dar este tipo de apoio a Moscovo.
O chefe da diplomacia dos EUA tem vindo a avisar, ao longo das semanas, para a possibilidade desta 'troca' acontecer, tendo mesmo Blinken referindo que os responsáveis chineses estavam pensar fornecer este tipo de armamento, a ser utilizado na guerra da Ucrânia.
Durante a sua intervenção, Blinken falou ainda sobre a posição da China em relação à guerra na Ucrânia, que tem sido vista pela comunidade internacional como dúbia. O país asiático tem sido criticado e pressionado a tomar uma posição, já que nunca condenou a invasão das tropas russas em território ucraniano.
Esta semana, o presidente chinês, Xi Jinping, deslocou-se até Moscovo para se reunir - e assinar alguns acordos - com o seu homólogo russo, Vladimir Putin. "Acho que o apoios diplomático, político e, de certa forma, material, vão contra o nosso interesse em pôr fim a esta guerra", atirou.
Pequim já negou que está a fornecer armas deste tipo a Moscovo e, para além dos EUA, um dos maiores aliados de Kyiv, também a União Europeia (UE) já deixou alguns avisos.
Ainda em fevereiro, o Alto Representante para a Política Externa e de Segurança da UE, Josep Borrell, explicou que já tinha avisado a diplomacia chinesa sobre este assunto, nomeadamente, o mais alto represente, Wang Yi.
"Exortei-o a não fazê-lo [fornecer armas letais]. Expressei não apenas a nossa preocupação, mas também o facto de que, para nós, tal constituiria uma linha vermelha na nossa relação”, afirmou Borrell, antes de uma reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27.
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