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'Blackout' da Internet no Punjab em esforço por encontrar pregador 'sikh'

Autoridades indianas procuram Amritpal Singh Sandhu e 'mandaram abaixo' Internet na região.

'Blackout' da Internet no Punjab em esforço por encontrar pregador 'sikh'
Notícias ao Minuto

20:39 - 21/03/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Índia

O estado de Punjab, no norte da Índia, foi paralisado por um 'blackout' da Internet que afetou 30 milhões de pessoas, e que faz parte de um esforço nacional para 'caçar' um pregador radical 'sikh', que luta por um estado independente da Índia, baseado na corrente religiosa e filosófica 'Siquismo'.

As autoridades indianas procuram Amritpal Singh Sandhu, por supostamente 'perturbar a harmonia comunitária', desde sábado, conforme avança o jornal britânico The Guardian.

O bloqueio da Internet e do envio de SMS na região foi imposto para impedir a disseminação de notícias falsas, alegaram as autoridades. Levou, no entanto, à paralisação de lojas, empresas, faculdades e pagamentos digitais no estado inteiro. O bloqueio foi imposto, inicialmente, até ao meio-dia (6h30 em Portugal) desta segunda-feira, mas acabou por ser estendido durante mais 24 horas.

Mais de 100 seguidores de Sandhu foram detidos na Índia nos últimos tempos, mas o pregador continua em parte incerta, conseguindo fugir com sucesso de uma tentativa de detenção em Bathinda, no sábado, quando as autoridades intercetaram o seu carro. Sandhu escapou, a pé, por entre a confusão que se gerou.

O pregador radical 'sikh' ganhou um nome na esfera pública nacional a 23 de fevereiro deste ano, quando resgatou um importante assessor, Lovepreet Singh Toofan, da custódia da polícia. Armado e acompanhado por seguidores com espadas e armas, Sandhu invadiu a esquadra de polícia em Ajnala, exigindo a libertação de Toofan.

Em meados da década de 1980 o Punjab foi convulsionado por violência praticada por grupos separatistas armados, que tentavam criar um estado 'sikh' chamado Khalistan.

O movimento acabou por falhar, deixando pelo caminho, segundo estimativas oficiais citadas pelo The Guardian, mais de 20 mil mortos.

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