"Mais de 400 pessoas foram condenadas a prisão perpétua por atos de terrorismo, mercenarismo, alistar crianças no exército e pôr em perigo a vida do chefe de Estado", disse Mahamat El-Hadj Abba Nana, o procurador-geral da República, em N'Djamena.
No processo judicial, "24 pessoas foram absolvidas" pelos juízes, acrescentou o procurador.
As audiências do tribunal penal de recurso de N'Djamena foram realizadas à porta fechada no complexo prisional de Klessoum, 20 quilómetros a sudeste da capital. A decisão judicial foi tomada após três meses de julgamentos.
Em abril de 2021, o então mais poderoso grupo rebelde, a Frente para a Alternância e Concórdia no Chade ((FACT, na sigla francesa), lançou uma ofensiva a partir das suas bases traseiras na Líbia em direcção à capital.
A 20 de abril, o exército anunciou que Idriss Déby Itno, que governava o Chade há mais de 30 anos após um golpe de Estado, tinha sido morto na frente pelos rebeldes, tendo nomeado Presidente um dos seus filhos, o jovem Mahamat Idriss Déby Itno, por um período transitório, à frente de uma junta militar de 15 generais.
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