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Borrell considera comentário de ministro israelita "perigoso"

O alto representante para a política externa da União Europeia (UE) disse hoje que as declarações do ministro das Finanças israelita de que "o povo palestiniano não existe" são "desrespeitosas, perigosas e contraproducentes".

Borrell considera comentário de ministro israelita "perigoso"
Notícias ao Minuto

20:01 - 20/03/23 por Lusa

Mundo Israel

"Está mal, é desrespeitoso, perigoso e contraproducente" dizer esse tipo de coisas numa situação que já é tensa", disse Josep Borrell em conferência de imprensa.

O chefe da diplomacia de Bruxelas assinalou que "o comentário do ministro [Bezalel] Smotrich vai, uma vez mais, na direção oposta e certamente não se pode tolerar", e pediu ao Governo de Israel que "desaprove" as palavras do ministro das Finanças.

No domingo, e num encontro em Paris, Smotrich -- residente numa colónia instalada na Cisjordânia ocupada e com posições antiárabes -- negou a existência do povo palestiniano e assinalou tratar-se de um conceito inventado há menos de 100 anos, pelo facto de que os verdadeiros palestinianos são os judeus que habitam "a terra de Israel" há mais de 2.000 anos.

"Existem árabes do Médio Oriente que chegaram à terra de Israel ao mesmo tempo que se iniciou o regresso sionista judeu, após 2.000 anos de exílio, e os árabes da região não queriam. Que fazer então? Inventaram um povo fictício e exigem direitos fictícios sobre a terra de Israel, apenas para combater o movimento sionista", declarou Smotrich.

Este ministro, juntamente com outros membros da extrema-direita como Itamar Ben Gvir, introduziram um discurso mais irredentista contra os palestinianos, após garantirem uma posição decisiva na coligação do Governo israelita dirigido por Benjamin Netanyahu e o mais à direita desde a fundação do Estado judaico.

O chefe da diplomacia europeia repetiu que a UE continua empenhada no "firme compromisso" da criação de dois Estados como solução para o conflito israelo-palestiniano.

"Lamento que alguns não gostem de ouvir estas coisas, mas este é a posição da UE. Não é uma posição pessoal do alto representante. Talvez alguns não o digam de forma tão clara", assinalou.

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