"Existe apenas uma entidade que destrói a vida - é a Rússia"
A Ucrânia anunciou uma nova ronda de sanções.
Notícias ao Minuto | 23:10 - 18/03/2023© Getty
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Guerra na Ucrânia
Após um ano e quase um mês depois do começo da guerra na Ucrânia, o Tribunal Penal Internacional fez história e, pela primeira vez, emitiu um mandado de captura contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Em causa está o seu papel na deportação ilegal de crianças ucranianas.
O dia de sexta-feira ficará para a história também por, pela primeira, o TPI pedir a detenção do presidente de um dos cinco países com poderes de veto do Conselho de Segurança das Nações Unidas, os membros permanentes conhecidos como P5.
Juntamente com Vladimir Putin, também a comissária russa Maria Lvova-Belova foi alvo de um mandado, pelos mesmos crimes.
Boa noite. Damos como terminado mais um acompanhamento AO MINUTO sobre a guerra na Ucrânia. Estaremos de regresso na manhã de domingo, num novo registo. Obrigada, desde já, por ter estado desse lado.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, diz que a sua última ronda de sanções - que visa mais de 400 indivíduos e empresas, incluindo o ditador sírio Bashar Al-Assad - é "parte da pressão global sobre a Rússia".
Num vídeo, Zelensky apontou que a maioria dos visados são russos, mas também indivíduos iranianos e sírios.
"Informamos que o primeiro-ministro da Síria, Husein Arnus, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Faisal Mekdad, também estão entre os indivíduos visados", revelou.
Duas pessoas morreram e oito ficaram feridas hoje na sequência de ataques russos com "munições de fragmentação" em Kramatorsk, no leste da Ucrânia, disse o presidente da câmara da cidade.
"A Rússia continua a desencadear o terror. Como resultado do bombardeamento de Kramatorsk com munições de fragmentação, duas pessoas foram mortas e oito feridas, três delas gravemente", disse o presidente da câmara local, Alexander Goncharenko, na sua página na rede social Facebook.
Uma dúzia de edifícios residenciais e 14 instalações municipais foram danificados, acrescentou.
A Rússia concordou com uma extensão do acordo de exportação de cereais ucranianos através do Mar Negro por apenas 60 dias e não 120 como foi dito por Kyiv, esclareceu hoje a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
"Há declarações de diferentes lados de que o acordo sobre exportação de cereais foi prorrogado por 120 dias", disse Maria Zakharova, negando a veracidade da informação.
A mesma responsável, citada pela agência russa Interfax e replicada pela AFP, sublinhou: "Temos dito repetidamente que (...) o lado russo informou todas as partes interessadas de que o acordo foi prorrogado por 60 dias".
Mikhail Razvozhayev, o governador russo da maior cidade da Crimeia, Sevastopol, confirmou ainda essa informação numa publicação na plataforma Telegram, citado pela Sky News, esclarecendo que Putin estava a conduzir pela cidade.
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A Rússia está "aberta a propostas realmente sérias" sobre a resolução do conflito na Ucrânia, referiu a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova.
De acordo com a ministra, citada pela agência noticiosa TASS, o plano de paz do presidente Volodymyr Zelensky "não tinha nada a ver com a paz" e era "apenas uma lista de exigências num ultimato à Rússia" que estão "desligadas da realidade".
"Temos afirmado repetidamente que estamos abertos a propostas realmente sérias do Ocidente e da Ucrânia para encontrar uma solução política e diplomática para o conflito, mas não aceitaremos a linguagem dos ultimatos", frisou a diplomata russa.
Para o término da guerra, Maria Zakharova elabora que "é necessário exigir que o fornecimento de armas e mercenários à Ucrânia chegue ao fim, que as atividades militares cessem, que a Ucrânia restabeleça o seu estatuto neutro, e que a nova situação no terreno, que decorre do direito dos povos à autodeterminação, seja reconhecida a nível internacional".
"Além disso, a desmilitarização da Ucrânia deve ter lugar, todas as ameaças vindas do seu território devem ser eliminadas e o seu estatuto não nuclear deve ser garantido juntamente com o respeito pelos direitos dos falantes de russo e das minorias étnicas", concluiu.
O acordo entre a Rússia e a Ucrânia para prolongar o acordo sobre a exportação de cereais ucranianos através do Mar Negro é valido por 120 dias, revelou hoje o governo de Kyiv, citado pela EFECOM.
"O acordo foi prorrogado por mais 120 dias", disse o ministro ucraniano do Desenvolvimento Comunitário, do Território e Infraestruturas, Oleksandr Kubrakov, na sua conta do Facebook.
O Presidente da Turquia anunciou, este sábado, a extensão do acordo de exportação dos cereais, sem adiantar o período do prolongamento acordado.
"O acordo para o corredor de cereais deveria expirar hoje. Graças às nossas negociações com os dois lados [Rússia e Ucrânia], garantimos uma extensão deste acordo", disse Erdogan num discurso na cidade ocidental de Canakkale.
A Rússia já se tinha manifestado disponível para um prolongamento, mas apenas por mais 60 dias, enquanto a Ucrânia insistia numa renovação de 120 dias.
O Presidente russo Vladimir Putin chegou hoje à Crimeia para assinalar o nono aniversário da anexação da península ucraniana pela Rússia em 2014, informou a televisão estatal russa.
A Ucrânia foi alvo de um ataque russo durante a noite com drones de fabrico iraniano, revelou hoje o exército ucraniano, adiantando que a região de Lviv, no oeste do país, foi particularmente atacada.
"Por volta das 21h00 do dia 17 de março de 2023, invasores russos atacaram a Ucrânia com drones de ataque Shahed-136/131 'kamikaze' de fabrico iraniano", refere uma declaração publicada na aplicação Telegram, com o exército a sublinhar a destruição de 11 dos 16 drones utilizados.
O Presidente russo, Vladimir Putin, promulgou hoje uma lei que alarga e agrava a criminalização da difusão de injúrias e calúnias contra as forças russas envolvidas na invasão da Ucrânia, incluindo os voluntários, noticiou hoje a Europa Press.
O Código Penal russo previa anteriormente a responsabilidade penal por "ações públicas destinadas a desacreditar as Forças Armadas", sendo agora essa criminalização alargada a todas as forças envolvidas, incluindo voluntários, organizações anexas e pessoas que facilitam e auxiliam o seu trabalho.
O Japão e a Alemanha reafirmaram hoje a intenção de continuar a aplicar sanções contra a Rússia pela invasão da Ucrânia e de manter o apoio a Kiev, numa cimeira política ao mais alto nível, noticiou a agência EFE.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, saudou a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de ter emitido em mandado de captura contra o presidente russo Vladimir Putin, salientando que mostra que "ninguém está acima da lei".
"O Tribunal Penal Internacional é a instituição certa para investigar crimes de guerra. O facto é que ninguém está acima da lei e é isso que está ficando claro agora", referiu Scholz, numa conferência de imprensa conjunta em Tóquio com o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida, citada pela Sky News.
A batalha de Bakhmut, no leste da Ucrânia, dura há mais de sete meses, com baixas estimadas em milhares de soldados de ambos os lados, avanços territoriais insignificantes e desfecho incerto.
Esta é a batalha mais longa e sangrenta desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro do ano passado, e que se intensificou recentemente, após as forças de Moscovo terem perdido Kharkiv, no nordeste do país, e Kherson, no sul, concentrando a sua ofensiva em Bakhmut, na tentativa de conquistar a totalidade da província de Donetsk, ilegalmente anexada em setembro.
A esmagadora maioria da comunidade internacional continua a considerar a Crimeia território da Ucrânia, nove anos depois de o Presidente russo, Vladimir Putin, começar a retalhar o território ucraniano com a sua anexação.
A18 de março de 2014, Putin assinou o tratado de anexação para "reintegração da Crimeia na Federação Russa" - a estratégica península no Mar Negro fazia parte da URSS até ao desmoronamento desta, embora tenha pertencido durante séculos ao Império Otomano.
O presidente chinês Xi Jinping "provavelmente discutirá esquemas de evasão de sanções" e mostrará interesse em "mediar uma solução" para a guerra na Ucrânia quando se encontrar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, na próxima semana, antecipou o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW).
Recorde-se que o líder chinês irá encontrar-se com Vladimir Putin de 20 a 22 de março, com o plano de assinar "uma declaração conjunta (...) que prevê o aprofundamento das relações de parceria e das relações estratégicas, entrando numa nova era".
Em análise ao encontro, o ISW, citado pelo The Guardian afirma que Xi "provavelmente planeia discutir esquemas de evasão de sanções com Putin e funcionários russos para apoiar a venda e fornecimento de equipamento chinês à Rússia".
Além disso, o instituto afirma também que o líder chinês "provavelmente também pretende promover os esforços chineses no sentido de posicionar a China como mediador imparcial de terceiros para as negociações entre a Rússia e a Ucrânia" e que Xi "pode procurar usar o seu sucesso na mediação da restauração dos laços diplomáticos entre o Irão e a Arábia Saudita para um maior esforço de mediação nesta guerra".
O ISW já tinha avançado anteriormente que o presidente da Bielorrússia Alexander Lukashenko e o Xi assinaram um pacote de 16 acordos a 1 de março que poderiam facilitar a evasão às sanções russas através da canalização de produtos chineses pela Bielorrússia.
As tropas russas atacaram Zaporijia durante a noite deste sábado, destruindo um estabelecimento de restauração, informou Anatolii Kurtiev, presidente da câmara da cidade, citado pela Sky News.
Segundo o autarca, vários prédios também ficaram danificados.
De acordo com a Administração Militar do distrito de Zaporijia, a Rússia usou mísseis de defesa aérea S-300 para atacar a cidade.
A secretária-geral da Amnistia Internacional (AI), Agnès Callamard, saudou o mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o Presidente russo, Vladimir Putin.
A AI disse que se tratava de "um sinal importante - para a Ucrânia e para o resto do mundo - de que os alegados responsáveis por crimes de direito internacional na Ucrânia vão enfrentar detenção e julgamento, por mais poderosos que sejam".
Os EUA sublinharam esta sexta-feira que "não há dúvidas" de que a Rússia está a cometer crimes de guerra da Ucrânia e pediram "responsabilização", após o Tribunal Penal Internacional (TPI) ter emitido um mandado de captura contra Vladimir Putin.
"O procurador-geral do TPI é um ator independente e toma as suas próprias decisões com base nas evidências que lhe são apresentadas. Apoiamos a responsabilização dos perpetradores de crimes de guerra", frisou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, em comunicado.
O embaixador russo na ONU, Vasily Nebenzya, classificou hoje o Tribunal Penal Internacional (TPI) de "instrumento do Ocidente" sempre disposto a "prejudicar" Moscovo, após o organismo ter emitido um mandado de prisão contra o líder da Rússia, Vladimir Putin.
Num debate organizado pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para abordar a situação humanitária na Ucrânia, Nebenzya focou parte da sua intervenção naquele que é o assunto do dia e acusou o TPI de ser "um órgão tendencioso e incompetente" e que "está em processo de autodestruição em termos da sua própria autoridade e reconhecimento internacional".
Bom dia! Iniciamos este sábado uma nova cobertura AO MINUTO sobre os principais acontecimentos relacionados com a guerra na Ucrânia. Pode recordar todas as notícias de ontem no link abaixo:
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