"São obrigados a permanecer em Moçambique e o caso ainda está a decorrer", anunciou a Mission Aviation Fellowship, em comunicado, na quinta-feira.
"Agradecemos aos tribunais moçambicanos por esta decisão. Por respeito ao processo legal em Moçambique, a MAF não fará mais comentários neste momento", concluiu.
Já antes, a organização havia apelado "a quem está no poder, tanto em Moçambique como nos EUA, para fazerem tudo o que estiver ao seu alcance para resolver esta detenção injusta".
A MAF presta apoio aéreo a missões cristãs e humanitárias em todo o mundo e há 23 anos que atua em Moçambique.
Koher foi detido em 04 de novembro no aeroporto de Inhambane ao tratar dos donativos de dois voluntários sul-africanos (W.J. du Plessis, 77, e Eric Dry, 69).
A ajuda ia ser carregada num avião destinada ao orfanato da Igreja Águas Vivas, no distrito de Balama, naquela província.
"Vitaminas, medicamentos de venda livre e conservantes alimentares despertaram o interesse da polícia", quando a carga passou pela inspeção de segurança, conduzindo à detenção, explicou a MAF.
A polícia nunca se pronunciou sobre o assunto, nem esclareceu que indícios foram encontrados.
Abílio Macuácua, advogado dos dois sul-africanos, referiu que os detidos "estão a pagar o preço da filantropia" e que a polícia alega "apoio ao terrorismo".
A província de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.
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