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Bielorrússia. Opositora acusa regime de "querer matar jornalismo honesto"

A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovskaia, denunciou hoje uma "nova tentativa de matar o jornalismo honesto", após a condenação na Bielorrússia a 12 anos de prisão de duas responsáveis de um 'media' independente.

Bielorrússia. Opositora acusa regime de "querer matar jornalismo honesto"
Notícias ao Minuto

15:04 - 17/03/23 por Lusa

Mundo Svetlana Tikhanovskaia

uma vingança dirigida a duas mulheres magníficas e duas grandes profissionais (...). Não tenho qualquer dúvida que os seus valores (...) vencerão e que reencontrarão a liberdade. Enquanto o mundo não as puder escutar, nós seremos a sua voz", indicou Tikhanovskaia, numa reação à condenação das jornalistas Marina Zolotova e Liudmila Tchekina.

Um tribunal de Minsk condenou hoje a 12 anos de prisão as duas responsáveis pelo portal de informação independente Tut.by, em plena vaga de repressão promovida na Bielorrússia pelo regime de Alexandre Lukashenko.

Segundo a organização não-governamental (ONG) Viasna, a chefe de redação do 'site', Marina Zolotova, 45 anos, e a sua diretora-geral, Liudmila Tchekina, 54 anos, foram condenadas na sequência de um processo à porta fechada que se prolongou por dois meses.

"O veredicto dirigido às nossas colegas é uma cruel vingança por terem transmitido através do ['media'] Tut.by a verdade aos bielorrussos", considerou a associação bielorrussa de jornalistas, num comunicado.

Marina Zolotova e Liudmila Tchekina estavam designadamente acusadas de evasão fiscal e incitamento ao ódio social, acusações consideradas "absurdas" pela ONG Repórteres sem Fronteiras (RSF).

As duas mulheres foram detidas em maio de 2021 e encontram-se na prisão desde essa data.

A condenação de hoje confirma a repressão conduzida por Lukashenko contra qualquer crítica ao seu regime, após um massivo movimento de contestação na sequência das presidenciais de 2020.

Durante semanas, o 'site' Tut.by fez a cobertura da vaga de protestos que juntou dezenas de milhares de pessoas nas ruas de Minsk e em outras cidades do país para contestar a reeleição de Alexandre Lukashenko, no poder há cerca de três décadas.

Leia Também: ONU acusa Bielorrússia de crimes contra a humanidade

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