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Canadá nomeia responsável em investigar interferência chinesa em eleições

O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, nomeou esta quarta-feira o ex-governador-geral do país, David Johnston, como relator especial independente para investigar as suspeitas de interferência da China nas eleições canadianas.

Canadá nomeia responsável em investigar interferência chinesa em eleições
Notícias ao Minuto

01:00 - 16/03/23 por Lusa

Mundo Canadá

Johnston ocupou o cargo de governador-geral do Canadá entre 2010 e 2017, que assume as funções de chefe de Estado em nome do monarca britânico.

Trudeau tinha anunciado, na semana passada, que iria criar o cargo de relator especial depois de relatórios dos serviços secretos canadianos acusarem a China de intromissão nas eleições gerais de 2019 e 2021, documentos que foram divulgados por órgãos de comunicação social.

De acordo com as informações publicadas, a China apoiou 11 candidatos nas eleições de 2019.

Além disso, os serviços secretos canadianos indicaram que Pequim preferia a vitória do Partido Liberal de Trudeau sobre o Partido Conservador da oposição.

A China negou interferir nos assuntos internos do Canadá e considerou as acusações feitas pelos 'media' e políticos canadenses "ridículas".

Desde que estas revelações surgiram, os partidos da oposição exigiram que Trudeau formasse uma comissão de inquérito para investigar as alegações e determinar o nível de interferência chinesa no país.

Trudeau recusou as exigências da oposição, mas aceitou que Johnston, como relator especial, decida se a nomeação da comissão de investigação é necessária.

O Governo canadiano também anunciou que criará um registo de lobistas que atuam no Canadá em nome de governos estrangeiros "para garantir transparência e responsabilidade para aqueles que atuam em nome" de outros países.

No início do mês, Pequim voltou a negar ter interferido nos assuntos internos do Canadá, depois do primeiro-ministro canadiano ter anunciado a nomeação do relator especial.

"Alguns políticos canadianos estão a espalhar mentiras. Isso é simplesmente ridículo. A China não tem interesse em interferir nos assuntos internos do Canadá e nunca faria tal coisa", disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros Mao Ning, em conferência de imprensa.

Os laços entre os dois países deterioraram-se após a prisão, em 2018, no Canadá, de Meng Wangzhou, diretora executiva da empresa chinesa de tecnologia Huawei, a pedido dos Estados Unidos.

A China retaliou através da detenção dos canadianos Michael Kovrig e Michael Spavor, que foram presos na China e julgados por espionagem.

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