"O nosso país já está a pagar um preço alto por não introduzir sanções contra a Rússia e isso torna-se insuportável", destacou Rade Basta à agência de notícias FoNet.
O responsável pela pasta da Economia na Sérvia lembrou que o seu país está sob grande pressão do Ocidente para aderir às sanções e pediu a todos os membros do Governo que se manifestem sobre este assunto.
Rade Basta referiu que Belgrado optou por não aderir a estas medidas, por esperar que a guerra durasse pouco tempo.
No entanto, sublinhou agora que "a situação está cada dia mais complicada".
A Sérvia, com cerca de 6,7 milhões de habitantes, é candidata à adesão à União Europeia (UE), de onde também provém a grande maioria do crescente investimento estrangeiro no país balcânico.
Até agora, Belgrado recusou-se a aderir às sanções impostas à Rússia, tradicional aliada, embora tenha condenado a agressão de Moscovo à Ucrânia e manifestado o seu apoio à integridade territorial daquela nação atacada.
Moscovo, que tal como Belgrado não reconhece a independência de Kosovo, é uma intransigente defensora dos interesses sérvios nos fóruns internacionais.
O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, referiu recentemente que não pode "jurar" que o seu país um dia nunca adotará sanções contra a Rússia, lembrando que a posição da Sérvia nesta matéria tem sido firme até agora.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Leia Também: UE prolonga por mais seis meses sanções por invasão da Ucrânia